Governo afirma que ataques informáticos recentes exigem resposta "pronta"

Anabela Pedroso, a secretária de Estado da Justiça, afirma que é necessário implementar "regras comuns de cibersegurança" de forma a prevenir situações como o recente ataque de ransomware.

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A secretária de Estado falava na sessão de sensibilização para todos os agentes judiciários "Justiça Mais Segura – Segurança da Informação" LUSA/RITCHIE B. TONGO

A secretária de Estado da Justiça considerou esta quarta-feira que os mais recentes ataques informáticos a diferentes redes e sítios web, incluindo da Administração Pública, devem servir de alerta para a necessidade de uma resposta pronta.

"Precisamos de trabalhar mais próximos, cimentando e implementando regras comuns de cibersegurança, seja ao nível de resposta a ataques, seja na preparação de políticas de segurança da informação e dos sistemas informáticos da Justiça", disse Anabela Pedroso, numa nota informativa do Ministério da Justiça (MJ).

A secretária de Estado, que falava na sessão de sensibilização para todos os agentes judiciários "Justiça Mais Segura – Segurança da Informação", realçou a importância de uma política comum de prevenção e segurança da informação e dos sistemas informáticos.

Na sessão, no Campus de Justiça, em Lisboa, a secretária de Estado da Justiça anunciou que o MJ vai "continuar a investir de forma continuada num sistema extensivo a todos os organismos do Ministério, respeitando a independência dos vários intervenientes, implementando uma política comum de salvaguarda da segurança da informação e da privacidade dos dados".

Explicou que será um trabalho a realizar em estreita colaboração com o Conselho Superior da Magistratura, Conselho Superior dos Tribunais Administrativos e Fiscais e Procuradoria-Geral da República.

O MJ dá actualmente suporte a cerca de mil locais espalhados por todo o território, com cerca de 25 mil estações de trabalho e 30 mil contas de email, mantém mais de 20 mil equipamentos de comunicação e mais de mil terminais de videoconferência. Disponibiliza cerca de cinco mil suportes digitais entre smartcards e certificados de várias naturezas e gere cerca de dois mil servidores aplicacionais com mais de 500 bases de dados, precisa aquele ministério.

O ciclo de debates foi promovido pelo Instituto de Gestão Financeira e Equipamentos da Justiça (IGFEJ), e a sessão teve a presença da procuradora-geral da República, representantes do Conselho Superior da Magistratura, Gabinete Nacional de Segurança, Conselho Nacional de Cibersegurança, entre outros.

"No evento foram apresentados diferentes exemplos e boas práticas nas áreas de políticas de segurança, nomeadamente na Justiça, desafios na proteção de dados, e ainda comportamentos e riscos de fraude na Internet", conclui a nota.

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