Três inspectores da ASAE agredidos na final da Taça

Funcionários estavam no Estádio do Jamor no âmbito de uma operação de combate à contrafacção, onde foram apreendidos cerca de 550 artigos.

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Um dos inspectores da ASAE teve de receber assistência hospitalar Paulo Pimenta

A Associação Sindical dos Funcionários da ASAE (ASF-ASAE) informa esta segunda-feira que três inspectores daquele serviço foram agredidos por vendedores ambulantes no passado domingo durante a final da Taça de Portugal.

Em comunicado, o sindicato adianta que uma equipa da Autoridade de Segurança Alimentar e Económica (ASAE), constituída por três inspectores em serviço nas imediações do Estádio Nacional do Jamor por ocasião da final da Taça de Portugal, foi agredida por vendedores ambulantes que vendiam material de origem contrafeita, tendo um dos elementos recebido assistência hospitalar.

Segundo a ASF-ASAE, os inspectores da ASAE estavam no Estádio do Jamor no âmbito de uma operação de combate à contrafacção e à especulação e venda irregular de bilhetes para a final da Taça de Portugal, que decorreu no domingo.

Perante estas agressões e uma vez que está a ser negociado o estatuto da carreira dos inspectores da ASAE, o sindicato que representa estes profissionais chama a atenção do Governo para que tenha em consideração este tipo de situações, sublinhando que a ASAE "não é um mero organismo de inspecção do Estado".

A ASF-ASAE refere também que recentemente foi retirado aos inspectores da ASAE o bastão extensível devido à não existência de enquadramento legal para o seu uso, apesar de ser um meio menos coercivo e letal do que as armas de fogo de nove milímetros distribuídas a estes profissionais.

O sindicato critica que os bastões tenham sido usados durante sete anos ilegalmente sem que nada tenha sido feito para a sua regularização, acrescentando que o recurso à arma de fogo só é permitido como medida extrema e quando outros meios menos perigosos se mostrem ineficazes. Nesse sentido, pergunta: "Perante uma eventual escalada da agressividade e da ameaça, quem se responsabilizaria pelo recurso à arma de fogo, quando o bastão extensível poderia ter sido o meio mais adequado à defesa dos inspectores e à imobilização dos agressores".

As detenções tiveram lugar no Estádio do Jamor, onde os funcionários da ASAE procediam a uma operação que visava vigiar e combater a contrafecção.Foram apreendidos cerca de 550 artigos contrafeitos e detida uma mulher por ofensas, resistência e coação sobre funcionário deste organismo, durante uma fiscalização realizada no domingo, no jogo da final da Taça de Portugal, indicou esta segunda-feira aquela autoridade.

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