Ministério Público acusa ex-responsável de serviço farmacêutico da ARS-Algarve

A arguida terá adquirido material médico e farmacêutico em quantidades muito superiores à necessária, segundo a Procuradoria de Faro

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asm adriano miranda

O Ministério Público (MP) acusou uma antiga responsável dos serviços farmacêuticos da Administração Regional de Saúde (ARS) do Algarve por crimes de administração danosa e de falsidade informática, anunciou nesta quinta-feira a Procuradoria de Faro.

De acordo com a acusação, citada na página da Internet da Procuradoria, a arguida, enquanto responsável pelos referidos serviços, "adquiriu intencionalmente" material médico e farmacêutico em quantidades muito superiores às necessárias, gerando stocks manifestamente impossíveis de escoar, no período compreendido entre Abril de 2009 e Novembro de 2012.

"Efectivamente, muitos dos medicamentos e dos materiais adquiridos não puderam ser usados por expiração do prazo de validade", refere a acusação, que prossegue alegando que, para esconder a actuação, a antiga responsável pelos serviços farmacêuticos da ARS-Algarve "terá alterado, apagado ou acrescentado registos no sistema informático, bem como enviado a diversos centros de saúde material que não era necessário e que não fora pedido".

O MP alega que o prejuízo causado ao Estado se aproxima dos cem mil euros. O inquérito foi dirigido pelo Ministério Público da secção especializada de Faro do Departamento de Investigação e Acção Penal (DIAP), tendo sido a investigação realizada pela Directoria de Faro da Polícia Judiciária, na sequência de uma auditoria realizada pelos serviços da ARS do Algarve. 

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