Itália está a “oferecer” 103 edifícios históricos

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Castelos antigos, torres de vigia, quintas, pousadas, mosteiros, casas. Itália está a oferecer 103 edifícios históricos abandonados a quem os quiser agarrar, com uma contrapartida de peso: os novos proprietários terão de se comprometer a reabilitar o imóvel, transformando-o em algo que atraia pessoas para a região. Pode ser um hotel, um restaurante, um spa, um serviço de aluguer de bicicletas, um espaço social e muito mais. "O objectivo é potenciar a oferta turística e cultural e criar uma rede de locais de interesse histórico e paisagístico em diversas áreas, melhorando a fruição pública", explica em comunicado a Agência de Propriedade do Estado, que promove o projecto Cammini e Percorsi em colaboração com o Ministério dos Bens e das Actividades Culturais e do Turismo, o Ministério das Infra-estruturas e Transportes, a Agência Nacional Autónoma de Estradas e várias entidades locais. Os edifícios situam-se ao longo de caminhos ciclopedonais e itinerários histórico-religiosos que poderão ter, assim, uma nova vida, dinamizando destinos que não são tão explorados."O projecto vai promover e apoiar o desenvolvimento do sector do turismo lento [slow tourism]", revelou ao The Local Roberto Reggi, da agência estatal. A operação destina-se sobretudo a empreendedores com menos de 40 anos ou a cooperativas e empresas compostas sobretudo por jovens, que sejam eligíveis para o Art Bonus, uma lei recente que dá um crédito fiscal de 65% aos cidadãos ou empresas que façam doações para a Cultura. Os interessados têm até 26 de Maio para enviarem a sua candidatura, mas mais 200 serão disponibilizados nos próximos dois anos. Não é a primeira vez que o governo italiano promove este tipo de iniciativas: nos últimos dois anos foram leiloados 30 faróis e em 2013 colocados à venda 50 edifícios históricos.