Supremo espanhol confirma condenação de Messi por fraude fiscal

O jogador do Barcelona foi condenado a 21 meses de prisão por defraudar o Estado espanhol em 4,1 milhões de euros.

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Messi no jogo contra o Eibar, que confirmou o segundo lugar do Barcelona na Liga espanhola Reuters/ALBERT GEA

O jogador argentino Lionel Messi foi condenado a 21 meses de prisão por fraude fiscal, uma decisão confirmada nesta quarta-feira pelo Supremo Tribunal espanhol, avança o jornal El País. Em causa está uma fraude fiscal no valor de 4,1 milhões de euros às Finanças espanholas.

O Supremo espanhol confirma ainda a multa de dois milhões de euros que Messi deverá pagar e reduz de 1,5 milhões de euros para 1,3 milhões de euros a multa definida para o pai.

O esquema de fraude envolvia uma série de empresas instaladas em diversos paraísos fiscais. Dessa forma, o jogador não declarava os valores recebidos e relativos aos seus direitos de imagem e que, entre os anos de 2007 a 2009, lhe terão rendido 10,1 milhões de euros.

A sentença de 21 meses, sete meses por cada um dos crimes dos quais é acusado, foi proferida por um tribunal de Barcelona em Julho de 2016. A defesa de Messi apresentou recurso para o Supremo Tribunal, que agora confirmou a decisão judicial.

Durante todo o processo, os advogados de Messi alegaram que o jogador apenas se interessava por futebol e que as finanças eram um assunto que lhe era estranho, mas o argumento não convenceu os juízes.  

À partida, nem o jogador do Barcelona nem o seu pai, Jorge Horacio Messi, terão de cumprir a sentença num estabelecimento prisional, uma vez que não existem antecedentes criminais e por se tratar de uma pena inferior a 24 meses.

O jornal El Confidencial avança que para Jorge Horacio Messi a pena de 21 meses foi reduzida para 15 meses. Acrescenta o mesmo jornal que o o Supremo considerou que o desconhecimento do atleta se deve à sua "indiferença" e isso não pode afastar a sua responsabilidade.

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