Os casos em que o videoárbitro vai ajudar Hugo Miguel a apitar a final da Taça de Portugal

O árbitro lisboeta, nomeado para a partida no Jamor, terá o auxílio da tecnologia em quatro situações de jogo. Saiba quais.

Foto
A final da Taça de Portugal terá o videoárbitro em pleno funcionamento NFACTOS / GONCALO DELGADO

Hugo Miguel, da associação de Lisboa, vai arbitrar a final da Taça de Portugal, numa partida em que Artur Soares Dias e Jorge Sousa serão os vídeo-árbitros, anunciou nesta segunda-feira a Federação Portuguesa de Futebol (FPF).

O encontro entre o Benfica, campeão português, e o Vitória de Guimarães marcará a estreia de Hugo Miguel numa final da Taça de Portugal, com a edição de 2017 a estar marcada para domingo, às 17h15.

Hugo Miguel, que arbitrou a final da Taça da Liga em 2014 (vitória do Benfica sobre o Rio Ave, por 2-0), vai ser auxiliado por Paulo Soares (AF Coimbra) e Nuno Roque (AF Setúbal), enquanto o quarto árbitro será Rui Costa (AF Porto).

A final da Taça de Portugal marcará a estreia a sério do vídeo-árbitro em competições portuguesas – já teve testes na Taça da Liga –, com o Conselho de Arbitragem da FPF a escolher para essa missão Artur Soares Dias e Jorge Sousa, ambos da Associação do Porto.

No final de uma sessão de esclarecimento para jornalistas realizada também nesta segunda-feira, na Cidado do Futebol, em Oeiras, João Ferreira, ex-árbitro de futebol, relembrou quais as situações em que Hugo Miguel poderá ter o auxílio do videoárbitro: situações de golo; situações de penálti, situações de amostragem de cartão vermelho directo, situações de errada identificação de jogadores.

No primeiro caso, João Ferreira explicou que sempre que se registar um golo, toda a jogada que deu origem a esse golo será alvo de escrutínio por parte do videoárbitro de forma a garantir que ela está livre de qualquer irregularidade. Isto para além de assegurar que o golo é mesmo golo, ou seja, que a bola entra mesmo na baliza, nos casos em que haja dúvida sobre se a bola ultrapassa ou não por completo a linha de baliza.

No segundo caso, o videoárbitro auxiliará o árbitro a confirmar a existência de um penálti em caso de dúvida (desde que as imagens do lance evidenciem claramente a existência de uma falta) o mesmo sucedendo no sentido contrário (caso em que um penálti é assinalado de forma incorrecta). As imagens televisivas também ajudarão o árbitro nos casos em que sejam inequívocas em relação a um determinado lance passível de grande penalidade, avisando o juiz da partida. Em qualquer destes casos, nem jogadores nem elementos sentados nos bancos de suplentes podem solicitar ao árbitro o visionamento do lance pelo videoárbitro. Essa decisão é da exclusiva responsabilidade do árbitro do encontro.

No terceiro caso, as imagens televisivas servirão para indicar ao árbitro de campo a necessidade de amostragem de cartão vermelho directo a algum jogador, isto se o juiz da partida não tiver visto o lance. Esta situação aplica-se apenas aos lances passíveis de vermelho directo e nunca aos de cartões amarelos ou de segundo cartão amarelo e consequente vermelho.

Por fim, no quarto caso, o videoárbitro servirá para corrigir eventuais amostragens erradas de cartões a um determinado jogador.

Salientando que "as estatísticas" demonstram que "95% das decisões dos árbitros são correctas" e que "o videoárbitro não evitará que continuem a existir erros de análise", João Ferreira mostrou-se, contudo, optimista em relação à ajuda que esta tecnologia dará para evitar que persistam os chamados "erros grosseiros".

Sugerir correcção
Ler 2 comentários