Ex-director do FBI aceita testemunhar em sessão aberta no Senado
James Comey concordou em prestar declarações perante o comité dos Serviços de Informação.
O ex-director do FBI, James B. Comey, aceitou prestar declarações depois de ter sido inesperadamente despedido na semana passada (a 9 de Maio) pelo Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. O comité dos Serviços de Informação adiantou esta sexta-feira que Comey tinha aceitado testemunhar numa audição pública. A notícia foi avançada pela agência Reuters.
De acordo com o comunicado divulgado pelo comité, a audição será agendada para depois de 29 de Maio, dia em que se celebra o feriado nacional norte-americano Memorial Day – este feriado acontece anualmente na última segunda-feira do mês de Maio e pretende honrar os soldados norte-americanos que morreram em combate.
Nesta sexta-feira, o New York Times noticiou que no dia a seguir a ter despedido Comey, Donald Trump afirmou – durante um encontro com o ministro dos Negócios Estrangeiros russo, Sergei Lavrov, e o embaixador da Rússia nos EUA, Sergei Kisliak – que o despedimento aliviava a “grande pressão” que sentia em relação à investigação sobre as possíveis ligações com a Rússia. E mais: disse-lhes que o então director do FBI “era maluco”.
Oficialmente, o despedimento de Comey esteve relacionado, segundo uma nota da Casa Branca, com uma recomendação feita pelo procurador-geral, Jeff Sessions, e pelo vice-procurador-geral, Rod Rosenstein, ao Presidente norte-americano. James Comey liderava uma investigação sobre um possível conluio entre o Governo russo e elementos da equipa de Donald Trump durante a campanha eleitoral em 2016 contra a candidata democrata Hillary Clinton.
E, já em Fevereiro, Donald Trump tinha pedido a James Comey que desse por terminada a investigação ao antigo conselheiro para a segurança nacional da Administração, Michael Flynn, por causa de contactos feitos com Moscovo antes da tomada de posse de Trump.