A festa da Luz ao Marquês

Com o 36.ª título de campeão nacional garantido, os festejos soltaram-se um pouco por toda a parte mas com dois epicentros; o estádio dos "encarnados" e o centro de Lisboa.

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A festa dos adeptos do Benfica Reuters/PEDRO NUNES

A Praça do Marquês de Pombal já estava meio-cheio quando Luís Filipe Vieira entrou pelo balneário para falar com os jogadores. Por lá, pelo Marquês, a mensagem só chegou pelos ecrãs, mas sem o som: “Este grupo é que tinha que ganhar. Bem-haja a todos. E o dinheiro está na conta!”

No Marquês os bancos estavam fechados – só na segunda-feira abrirão, quando os jogadores voltarem à cidade para levar a taça do "tetra" à Câmara. Mas se os bolsos não estavam cheios, as almas estavam a abarrotar. Como os copos de cerveja, que faziam brinde como a que os jogadores abriram para festejar também.

Também cheio, até ao fim, estava o Estádio da Luz: ninguém arredou pé até depois das nove da noite, quando os jogadores subiram de novo ao relvado, a fazer a festa e a receber o troféu. Luisão fê-lo numa Vespa, enquanto os companheiros tiravam as selfies de família, com as crianças ao colo, para pôr a circular nas redes. Aí sim, já muitos começavam a fazer caminho para o centro de Lisboa.

Lá, no Marquês, um adepto aparecia com um cartaz a passo lento: “Ferrari Tetracampeão”. E quem é que falou num Ferrari? Jorge Jesus, o treinador que deu dois ao "tetra", mas que rumou a Alvalade e disse para Vitória (“Quando conduzes um Ferrari tens de ter andamento para ele”).

Enquanto os jogadores não chegavam, era música que se ouvia. “Bailando”, como na versão do filho Carreira que se tem ouvido pelos estádios. Gritando, com o inevitável “We are the Champions” a fazer de hino de sempre. Enquanto Ederson dizia, na BTV: “Dedico a Deus, porque não foi um ano fácil. Marquês? É até explodir!” Explodiu, sim, de alegria à chegada dos campeões. E dizia Ederson sobre a festa: “No ano passado foi fabuloso, este ano tem de ser melhor ainda”. E no próximo ano, Ederson? Do Marquês, pedia-se outra festa, com uma só palavra: "penta", pois claro. É assim, Rui Vitória? “Parece quando estamos no hospital e, depois de termos tido uma criança já nos estão a perguntar pela próxima. Epá, calma. Agora é saborear esta”.

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