UE pede esclarecimentos aos EUA sobre proibição de computadores em voos europeus

Administração de Donald Trump admite alargar limitações a países europeus.

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Proibição de equipamentos electrónicos na cabine dos aviões pode ser alargada.

A União Europeia (EU) pediu esclarecimentos aos Estados Unidos sobre a possibilidade de ser alargada a alguns países europeus a proibição de os passageiros levarem computadores e tablets para a cabines de aviões comerciais, por razões de segurança, avança o jornal britânico The Guardian.

Em causa estão receios de que grupos terroristas possam esconder engenhos explosivos em aparelhos electrónicos transportados na cabine dos aviões. O pedido de esclarecimento surge depois da administração de Donald Trump ter admitido alargar a proibição, já em vigor para dez países, a alguns voos provenientes da Europa.

Actualmente, os Estados Unidos já estão a proibir aqueles equipamentos em voos oriundos de uma dezena de países, praticamente todos muçulmanos. O Reino Unido também anunciou a adopção de medidas idênticas, mas envolvendo menos países.

Citando informação da Reuters, o jornal avança que o executivo da UE enviou cartas a John Kelly, secretário de Segurança Interna dos EUA, e a Elaine Chao, secretária de transportes, pedindo a partilha de informações sobre possíveis ameaças envolvendo voos europeus.

Com carácter de urgência, a UE propõe a realização de reuniões, a nível político e técnico “para avaliar conjuntamente os riscos e rever eventuais medidas comuns”.

Especialistas europeus em segurança da aviação reúnem-se em Bruxelas na quinta-feira para analisar possíveis respostas a qualquer extensão da proibição.

A questão da segurança no transporte destes equipamentos não é pacífica. Reguladores europeus advertiram que colocar centenas de dispositivos na bagagem de porão aumenta o risco de incêndio de baterias de iões de lítio mal desactivadas, especialmente nos voos de longo curso.

Embora nenhuma decisão tenha sido tomada, quaisquer restrições poderiam afectar as principais operadoras europeias, como a Lufthansa, British Airways, Air France-KLM e fontes da indústria disseram que as companhias aéreas e aeroportos já estão a trabalhar em possíveis medidas de contingência, avança o The Guardian.

A decisão de proibição daqueles equipamentos por parte da administração norte-americana foi tomada por indicação das agências dos serviços secretos,  e envolve voos provenientes da Arábia Saudita, Egipto, Emirados Árabes Unidos, Jordânia, Kuwait, Marrocos, Qatar e Turquia.

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