Cinco rotas para conhecer as “grandes árvores” do Porto

Decorrem entre Maio e Novembro cinco visitas guiadas pelas "árvores mais imponentes da cidade" nos Jardins do Palácio de Cristal, Cedofeita, Campanhã e Santo Ildefonso, Arrábida e Campo Alegre.

Foto
Nelson Garrido

A segunda edição da Rota das Árvores do Porto vai decorrer entre Maio e Novembro, com cinco visitas guiadas pelas “árvores mais imponentes da cidade”. Os percursos percorrem os núcleos onde estão árvores que já foram classificadas, ou ainda estão em fase de o ser, como de Interesse Público do Porto.

"Árvores do Romântico", o primeiro passeio que se realiza a 27 de Maio, sábado às 14h30, é dedicado aos cedros, araucárias, metrosíderos e palmeiras do Palácio de Cristal, um dos mais antigos núcleos verdes da cidade que rodeia outros dois jardins, os da Casa Tait e o do Museu Romântico da Quinta da Macieirinha, voltado para o rio Douro.

No mês seguinte, a 17 de Junho, dão-se a conhecer os teixos, araucárias, ginkgos e metrosíderos que estão escondidos em jardins privados no interior dos quarteirões mais elevados à Rua de Cedofeita. No inicio de Julho, a rota desvia-se para os tulipeiros da zona oriental da cidade, na Campanhã e Santo Ildefonso.

Já depois do Verão, com as cores do Outono, mostram-se as árvores da Arrábida e, dias depois, as visitas dão a descobrir os exemplares exóticos ornamentais ao longo da Rua do Campo Alegre.

O arquitecto paisagista João Almeida vai, durante as visitas, “apresentar as árvores” ao mesmo tempo que faz “o enquadramento histórico dos espaços onde estão instaladas”  e descreve a evolução da paisagem do Porto.

O objectivo da iniciativa da Câmara do Porto é dar a conhecer o que as árvores, algumas históricas, têm a oferecer desde a “saúde à inspiração artística”, lê-se no site do projecto municipal "Florestas Urbanas Nativas no Porto - FUN Porto”.

O Porto tem 238 árvores classificadas como “Interesse Público”, um estatuto semelhante ao que património edificado pode ter e que lhes confere uma protecção legal. Estes exemplares de palmeiras, araucárias, tulipeiros, metrosíderos e plátanos distinguem-se de outros por factores tão diferentes como a sua idade, porte, estrutura, raridade, história ou factos culturais.

Esta classificação pode conferir aos exemplares um valor monetário que chega a assumir vários milhares de euros, além da importância ecológica e histórica para a cidade.  

Além desta iniciativa, o FUN Porto tem ainda o programa “Se tem um jardim, temos uma árvore para si” (que já ofereceu aos jardins dos habitantes do município mais de 4 mil árvores nativas) a “Rede de Biospots do Porto”, o “Viveiro de Árvores e Arbustos Autóctones do FUTURO” e o “Porto Biolab”.

A primeira visita tem 30 lugares disponíveis e as inscrições, feitas por email, abrem esta sexta-feira, dia 12 de Maio, às 9h.

Texto editado por Ana Fernandes

Sugerir correcção
Comentar