Queres fazer voluntariado na Europa? Segue estes passos

Se tens entre 17 e 30 anos, o P3 explica-te como podes abraçar um projecto voluntário na Europa

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A plataforma tradicional de envio de voluntários é o Portal Europeu da Juventude. Neste site, poderás aceder ao separador de voluntariado e na coluna à direita iniciar uma pesquisa de acordo com os critérios que são mais relevantes para ti: país de destino, tema de projecto (criatividade e cultura, assuntos económicos, energia, agricultura, entre outros) e data de início e fim.

Nenhum jovem se pode candidatar de forma individual pelo que deverás rever a lista de organizações portuguesas acreditadas para o envio e entrar em contacto com aquela que tem o projecto que mais se adequa aos teus objectivos. É importante ressalvar que, ao contrário do que acontece no Erasmus da faculdade — onde escolhes uma instituição de ensino formal para complementar o teu curso —, os candidatos ao voluntariado europeu não estudam, mas trabalham.

Trata-se, por conseguinte, de um exemplo de educação não-formal, não-hierárquica e flexível, adaptada às aspirações de cada pessoa e no qual as designadas competências transversais são validadas através do Youth Pass.

Terás formação antes e durante a estadia e um tutor a acompanhar-te. O trabalho não é remunerado, ainda que os voluntários tenham todas as despesas pagas (viagens, alojamento e pocket money), bem como um seguro de saúde. 

O voluntariado na Europa "tem como objectivo principal promover a inclusão social e torna-se particularmente apelativo para jovens 'nem-nem' (que não estudam, nem trabalham), bem como para todos aqueles que nunca saíram do país ou que de outra forma não conseguiriam ter uma experiência no exterior", explica ao P3 Pedro Couto Soares, director da agência responsável pelo programa em Portugal — a Agência Nacional Erasmus+ Juventude em Acção.

Já para Benedita Portugal e Melo, docente no Instituto de Educação da Universidade de Lisboa, este tipo de projectos no âmbito da educação não-formal para adultos é uma “excelente oportunidade para se fazerem contactos e eventualmente se integrarem redes de investigação, para além da óbvia expressão ao nível do conhecimento da cultura e gentios de outro país”.

Os projectos têm uma duração entre dois a 12 meses e Pedro Couto Soares garante que é altamente provável ser-se seleccionado: “Temos, aliás, um défice no envio pelo que pode demorar apenas semanas”. Neste momento, há 79 oportunidades em aberto.

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