Cartas ao director

Macron ou Le Pen? O diabo que escolha!

O ex-banqueiro Emmanuel Macron e a binária protofascista Marine Le Pen não são os candidatos da sociedade vulnerável, dos desempregados, dos trabalhadores, das micro e PME e da cultura. O elitista Macron defende a “uberização” da sociedade, onde o valor do trabalho é residual e muito mal pago. Um maná para patrões. É um “filho desavindo” de François Hollande. (…) Marine Le Pen, no Parlamento Europeu, não votou a favor nenhuma reforma contra o terrorismo! Conhece-se a sua militante homofobia. No deprimente debate-sessão-de-pugilato-verbal entre Macron e Le Pen colocou-se ao lado da homossexualidade... Para angariar votos dão-se piruetas de 180 graus. É contorcionista? (...) A livre expressão escrita para a autocrata Le Pen: é um perigo! A esquerda não reformista faz bem em não tapar os olhos e votar no catavento Macron.

Vítor Colaço Santos, S. João das Lampas

Os mal-agradecidos

A visita a Fátima do Papa Francisco, chefe da Igreja Católica, não como chefe de Estado mas como católico para presidir às comemorações do Centenário das Aparições, mereceu do executivo de António Costa (não crente, como disse) a tolerância de ponto na Função Pública, para o dia 12 de Maio. Este acto é uma manifestação pública da importância que tem Fátima para todo o universo dos cristãos católicos. Dezenas de milhares de fiéis vindos de todo o mundo deslocam-se a Fátima, durante o ano inteiro, para manifestarem a sua fé. A atordoada de políticos de várias ideologias ou facções, religiosos de várias crenças, ateus agnósticos ou crentes, na contestação desta tolerância de ponto para a Função Pública é quererem confundir este acontecimento que transborda as fronteiras nacionais com um espectáculo musical, desafio de futebol ou uma feira de artesanato. Pobres e mal-agradecidos, ou talvez pensem pertencer a uma casta de iluminados.

Duarte Dias da Silva, Lisboa

E as casas vazias?

Foi ultimada legislação que facilita a gestão de terrenos e florestas que não estão a ser cuidadas pelos possíveis donos. E as muitas casas vazias, muitas delas em grave estado de degradação? Uns números há tempos divulgados apontavam para perto de milhão e meio. Não seria altura de se legislar tendo em conta que muitas destas construções estão em risco de derrocada? E os andares abandonados em prédios ocupados estão também, muitas vezes, a contribuir para degradação do imóvel. (...) É necessário encontrar regras para que todo o edificado para habitação esteja no mercado a preços e condições de todos poderem ter um lar.  

Maria Clotilde Moreira, Algés

O jogo Baleia Azul

Os 50 desafios do jogo suicidário online Baleia Azul estão a conquistar jovens emocionalmente fragilizados e carentes. Familiares das vítimas têm alertado as autoridades, testemunhando múltiplas ameaças. Urge legislação que barre plataformas e sites multiplicadores de apelos à violência. O mamífero marinho pertencente à subordem Mysticeti dos cetáceos não merece ser associado a adolescentes que se auto-mutilam. Espero que os jovens que necessitam de amor, carinho, atenção e compreensão lancem gritos de alerta tão fortes como os sons emitidos pela baleia azul.

Ademar Costa, Póvoa de Varzim

Convite

Venho convidar os senhores Presidente da República, presidente da Assembleia da República, primeiro-ministro, administradores do Metro de Lisboa, director do PÚBLICO e outros interessados/incomodados a viajar na linha vermelha do Metro de Lisboa aos fins-de-semana, quando reduzem para três as carruagens, para poderem aferir e ouvir os comentários, que acabo de escutar e penar, não só dos utentes locais como dos turistas que utilizam aquela linha desde e para o aeroporto. Sendo considerado o turismo uma importante fonte de receita, a imagem com que os visitantes do nosso país se deparam tanto à chegada (onde me vim meter) como à partida (para aqui nunca mais), este triste cartão-de-visita, não abona em nada essa ideia.

José P. Costa, Lisboa

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