Cartas ao director

Protestos fardados

Em instituições onde devia imperar a ordem, a disciplina e a coesão, está-se cada vez mais a assistir a uma espécie de levantamento da crista e da garupa, de reivindicações atrás de protestos por coisas de puro egoísmo. Se os ministérios das tutelas não entrarem em alerta, ver-se-ão dentro de algum tempo a braços com uma desagregação dentro dos quartéis das Forças de Segurança, da Defesa, da ordem e da vigília, como nunca. Os sindicalistas das forças fardadas, e agora até de um general que só vai ao Kosovo em viagem de visita (...), protestam sem razão por tudo e por nada, fora do campo de batalha mas no Facebook ou na TV. Ou melhor: reivindicam melhores salários e privilégios de classe, e disfarçam tais reivindicações exibindo-se, para falsear os dados, atrás de marmitas e na falta de fardamento fashion, armamento obsoleto, na escassez de bólides que os levem rápido na perseguição do crime e na volta ao supermercado, instalações arquitectónicas viradas ao sol e ao mar e promoções, sobretudo. E para nos descansarem, dizem que não é só pelo dinheiro. É por uma maior eficácia no desempenho das missões. Esta é boa, não é? (...)

Joaquim A. Moura, Penafiel

Preocupações de mãe

É já conhecido um estudo levado a cabo pela Universidade de Oxford: 47% dos empregos que hoje conhecemos desaparecerão nos próximos 25 anos. Mãe de filhos menores, preocupa-me, para além da Baleia Azul e afins, como prepará-los "para uma vida com 60% de desemprego?" Vivemos num tempo em que a Inteligência Artificial está a substituir, de forma aceleradamente evidente, o ser humano (um dia destes iremos ao hipermercado e não veremos nenhum homem ou mulher a atender-nos na caixa registadora; ir ao banco já nem se coloca). Estes são apenas dois exemplos de profissões em vias de extinção, que devem ser conhecidas (e evitadas). Era fundamental que nas escolas fossem conhecidos estes estudos e discutidos! (…)

Céu Mota, Santa Maria da Feira

CGD e serviço público

As recentes ocorrências em Almeida provocadas pelo fecho da dependência local da CGD trazem de novo a dia a discussão sobre o que é um serviço público que tem que ser prestado por uma qualquer entidade pública, neste caso um banco. Paulo Macedo, presidente da Caixa, já tinha dito que não pedissem à CGD para estar onde outros não querem estar. Mas Paulo Macedo esqueceu-se que a CGD é um banco público e, por isso mesmo, tem que servir a população de uma forma diferenciada da banca privada. É preciso encontrar soluções para os problemas que vão surgindo, mas não despachando as pessoas como se de simples coisas se tratassem.

Manuel Morato Gomes, Senhora da Hora

O PÚBLICO ERROU

Na edição impressa da Fugas de hoje, na página 25, há um erro no título da ficha que acompanha o texto sobre o bar Loucos de Lisboa. A morada, os horários e os preços correspondem de facto ao Loucos de Lisboa, embora o título remeta para outro espaço. 

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