Activistas da Greenpeace escalam Torre Eiffel para apelar à resistência francesa

A organização desfraldou uma enorme bandeira no monumento parisiense para apelar ao voto contra Le Pen.

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A acção ocorre no último dia de campanha Reuters/GONZALO FUENTES

É o último dia de campanha para a segunda volta das eleições francesas e vale (quase) tudo. Até escalar a Torre Eiffel. Foi pelo menos isso que fizeram os activistas da associação ambiental Greenpeace, que se juntaram ao movimento anti-Frente Nacional e, ao início da manhã desta sexta-feira, penduraram uma faixa no icónico monumento de Paris, numa mensagem que apela ao voto contra Marine Le Pen.

"Queremos dizer que somos contra a ascensão do nacionalismo e do autoritarismo na França e noutros países. É a nossa maneira de lembrar a todos que todos precisam mobilizar-se para defender esses valores de Liberdade, Igualdade e Fraternidade", disse Jean-Francois Julliard, director da Greenpeace francesa, em declarações a uma estação de rádio e citado pela agência Reuters.

Na sua conta pessoal do Twitter, Julliard reforçou que a mensagem da Greenpeace é dirigida a Marine Le Pen, apelando à resistência ao "extremismo" e à Frente Nacional, "em nosso nome e em nome do planeta". 

São justamente os valores (Liberdade, Fraternidade e Igualdade) que ficaram nos manuais como o lema da Revolução Francesa que surgem entre os pilares da torre mais famosa de França. A acompanhar, a palavra “resistir”. Neste caso, a resistência é feita contra a candidata da extrema-direita, Marine Le Pen, cujas políticas nacionalistas vão contra os valores franceses, sublinha a organização, lembrando que se aplicam "a todos" e "não devem ser fechados atrás de fronteiras".

“Um imenso respeito aos nossos activistas, a quem tiramos o chapéu, por terem escalado a Torre Eiffel para insistir em lembrar os nossos valores morais”, escreveu organização não-governamental, minutos depois da acção.

Le Pen enfrenta o centrista Emmanuel Macron no próximo domingo, 7 de Maio. Nesta quinta-feira, Macron revelou o local onde — caso vença a segunda volta — fará o seu discurso. O favorito na corrida presidencial pretende festejar junto a um outro ponto de referência da cultura francesa no centro da capital: o museu Louvre.

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