Golfinhos selvagens estão mais doentes e expostos à poluição

Um estudo norte-americano revelou que estes cetáceos que vivem em meio selvagem estão mais doentes do que os que vivem em cativeiro. A qualidade das águas preocupa os investigadores

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Andy Tootell/Unsplash

Os golfinhos selvagens estão mais expostos à poluição e mais doentes do que os em cativeiro, segundo um estudo norte-americanos que levanta preocupação sobre a qualidade das águas nos oceanos e a saúde dos cetáceos a longo prazo.

O estudo, publicado na revista Plos One, comparou os golfinhos que vivem nas costas da Flórida e da Carolina do Sul com outras duas populações em aquários ou outros habitats controladas na Geórgia e na Califórnia. Menos de 50% dos golfinhos selvagens são "clinicamente normais" e muitos sofrem de inflamações crónicas, um sinal de que os seus organismos combatem doenças.

"Isto é devido ao contacto com patógenos, parasitas e poluentes no oceano que são ausentes em aquários", disse Patricia Fair, professora da Faculdade de Medicina da Universidade da Carolina do Sul e principal autora deste estudo. Nos seres humanos, este tipo de resposta imunitária crónica está associada ao cancro, doenças cardiovasculares e aumento da susceptibilidade a doenças infecciosas.

Os golfinhos são grandes predadores, estão acima na cadeia alimentar e acumulam todas as toxinas ingeridas pelas suas presas. Na Carolina do Sul, golfinhos selvagens estudados tinham altos níveis de produtos químicos orgânicos, provavelmente a partir de fontes industriais. Os golfinhos em cativeiro no Aquário Atlanta e do Centro de Sistema de Combate Espacial e Naval (SPAWAR), em San Diego, tiveram significativamente menos inflamações crónicas.

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