Tchetchénia: elas nasceram em guerra e agora são reféns do Islão

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O projecto Goodbye My Chechnya, da fotógrafa da agência Magnum Diana Markosian, retrata a vida de jovens mulheres tchetchenas "que testemunharam os horrores de duas guerras e estão agora a chegar à idade adulta", numa república que se está a redefinir rapidamente como um estado islâmico. Para as jovens na Thetchénia, actos tidos como "normais" no Ocidente podem ter consequências graves. "Uma menina tchetchena encontrada a fumar é motivo de prisão; rumores de um casal ter tido relações sexuais antes do casamento podem resultar num crime de honra", pode ler-se na descrição do projecto de Markosian. "As poucas meninas que ousam insurgir-se tornam-se alvos para as autoridades tchetchenas." Após duas décadas de guerra e 70 anos de domínio soviético — que teve como consequência directa a abolição da expressão religiosa — a Tchetchénia atravessa um período de revitalização islâmica", explica a autora. "O Governo tchetcheno está a construir mesquitas em cada aldeia e salas de oração nas escolas públicas e está a implementar um rigoroso código de vestuário islâmico, tanto para homens como para mulheres." As fotografias da artista arménio-americana, cujo trabalho explora a relação entre memória e espaço, já conheceram publicação na National Geographic, New Yorker e The New York Times.

 

Goodbye My Chechnya, de Diana Markosian, estará em exposição no Fujifilm Festival de Fotografia de Viseu entre os dias 5 de Maio e 4 de Junho.