Polícia turca usa gás lacrimogéneo e balas de borracha para dispersar manifestações do 1.º de Maio

Mais de 200 pessoas foram detidas em todo o país. Em Istambul vários grupos tentraram chegar, sem sucesso, à emblemática Praça Taksim.

As manifestações no Dia do Trabalhador contra o actual presidente da Turquia, Tayyip Erdogan, são já uma ocorrência anual
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As manifestações no Dia do Trabalhador contra o actual presidente da Turquia, Tayyip Erdogan, são já uma ocorrência anual EPA/SEDAT SUNA
As manifestações no Dia do Trabalhador contra o actual presidente da Turquia, Tayyip Erdogan, são já uma ocorrência anual
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As manifestações no Dia do Trabalhador contra o actual Presidente da Turquia, Tayyip Erdogan, são já um acontecimento anual EPA/SEDAT SUNA
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As manifestações no Dia do Trabalhador contra o actual Presidente da Turquia, Tayyip Erdogan, são já um acontecimento anual Reuters/MURAD SEZER
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As manifestações no Dia do Trabalhador contra o actual Presidente da Turquia, Tayyip Erdogan, são já um acontecimento anual Reuters/OSMAN ORSAL
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As manifestações no Dia do Trabalhador contra o actual Presidente da Turquia, Tayyip Erdogan, são já um acontecimento anual LUSA/CEM TURKEL
As manifestações no Dia do Trabalhador contra o actual presidente da Turquia, Tayyip Erdogan, são já uma ocorrência anual
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As manifestações no Dia do Trabalhador contra o actual Presidente da Turquia, Tayyip Erdogan, são já um acontecimento anual EPA/CEM TURKEL

A polícia turca disparou gás lacrimogéneo e balas de borracha para dispersar a manifestação do 1.º de Maio em Istambul, e por todo o país foram detidas 200 pessoas em acções policiais contra os manifestantes do Dia do Trabalhador, diz o jornal Hurriyet.

O Dia do Trabalhador na Turquia tem, nos últimos anos, sido marcado por acções policiais visando conter as manifestações. Esperava-se que os protestos este ano fossem mais moderados, depois de os sindicatos terem dito que não iriam tentar chegar à Praça Taksim, que era o ponto habitual dos grandes protestos no país mas onde as manifestações foram proibidas.

A presença policial é grande em toda a cidade e helicópteros sobrevoam várias zonas de Istambul. A tensão está particularmente elevada desde que o Presidente, Recep Erdogan, venceu em referendo o direito de alterar a Constituição e instituir o sistema presidencial, que lhe dará plenos poderes.

No bairro Mecidiyekoy, a polícia disparou gás lacrimogéneo e balas de borracha contra um grupo de manifestantes que pretendia marchar até à Taksim, conta a Reuters. Os manifestantes gritavam “Taksim é nossa e permanecerá nossa”. A praça tornou-se o centro da contestação a Erdogan em 2013.

No bairro Besiktas, onde há dois anos a polícia usou canhões de água para dispersar a manifestação do 1.º de Maio, dezenas de pessoas foram cercadas pela polícia - tentavam também chegar à Taksim e algumas dezenas foram detidas.

Ainda assim, o presidente da junta municipal de Besiktas - o centro das manifestações em Istambul - e um grupo de funcionários tiveram autorização para depositar uma coroa de flores no munumento que, na Taksim, marca o massacre de 1977. Na celabração do Dia do Trabalhador desse ano, um grupo de ultranacionalistas disparou contra a multidão a partir de um hotel. A polícia avançou com canhões de água e tanques e, entre os tiros, a intervenção policial e o pânico, entre 34 e 42 pessoas morreram.

“Um total de 207 pessoas foram detidas” esta segunda-feira, disse o representante do governo de Istambul em comunicado, acrescentando que os manifestantes foram revistados e cerca de 40 cocktails Molotov, 17 granadas de mão e 176 archotes foram confiscados. "Cartazes ilegais" também foram encontrados, diz o comunicado.

Mais de 30 mil polícias foram mobilizados em todo o país, assim como 120 canhões de água, diz o comunicado.

Grupos de defesa dos direitos humanos e alguns aliados ocidentais da Turquia acusam o Governo de Ancara de ter limitado a liberdade de expressão e outros direitos básicos na repressão que se seguiu ao golpe fracassado no ano passado. Desde a vitória no referendo, Erdogan já realizou duas grandes "limpezas", tendo a polícia e os funcionários públicos e militares sido os principais alvos.

Durante o fim-de-semana, 3900 pessoas foram despedidas do serviço público e das Forças Armadas. As autoridades bloquearam também o acesso à enciclopédia online Wikipedia. Para o fazer foi usada uma lei que permite a proibição do acesso a sites considerados obscenos ou uma ameaça à segurança nacional.

Erdogan garante que as medidas são necessárias tendo em conta as ameaças à segurança que a Turquia enfrenta.

 

 

 

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