Mélenchon não vai apelar ao voto em Macron. Sarkozy já apelou

Ex-Presidente Nicolas Sarkozy defende eleição do candidato centrista, afirmando que a divisão da classe política "seria irresponsável" perante a possível eleição de Marine Le Pen.

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Mélenchon ficou em quarto lugar na primeira volta das eleições de domingo Stephane Mahe/Reuters

Jean-Luc Mélenchon, o candidato da esquerda radical que ficou em quarto lugar na primeira volta das eleições presidenciais, anunciou esta quarta-feira que não vai aconselhar os seus apoiantes a votar em nenhum dos candidatos ainda na corrida ao Eliseu. A decisão foi conhecida na mesma altura em que o ex-Presidente Nicolas Sarkozy fez um apelo ao voto em Emmanuel Macron.

Mélenchon, que no domingo tinha anunciado que iria consultar os militantes do seu movimento A França Insubmissa sobre o passo a seguir, fez saber que manterá o silêncio seja qual for a decisão da maioria, que será conhecida a 2 de Maio. “No nosso movimento haverá muitas opiniões”, mas é necessário “distinguir entre uma escolha íntima e uma escolha política”, afirmou o porta-voz do ex-candidato, Alexis Corbière.

Já Sarkozy, que foi derrotado por François Fillon nas primárias para escolher o candidato da direita ao Eliseu, decidiu quebrar o silêncio para anunciar que votará em Macron. Uma escolha, sublinhou, que não significa “qualquer apoio ao seu projecto” mas que se destina a evitar o que considera um mal maior.

“Tendo em conta a situação excepcional que temos de enfrentar, peço a todos os responsáveis da direita e do centro que unam as suas energias, talentos e competências. Qualquer outro comportamento seria irresponsável. A divisão não é uma opção face à extrema gravidade da situação em França”, afirmou o ex-Presidente, sublinhando que “a eleição de Marine Le Pen teria consequências muito graves para França e para os franceses”.

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