UKIP quer proibir burqa em público

Partido anti-imigração do Reino Unido considera que a burqa prejudica a integração social.

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A burqa é um véu que cobre todo o corpo, à excepção de uma rede na zona dos olhos Reuters/NACHO DOCE

O Partido da Independência do Reino Unido (UKIP), anti-imigração, vai incluir no seu programa para as eleições britânicas de 8 de Junho a proibição do uso da burqa em público, segundo noticiam meios britânicos.

O líder do UKIP, Paul Nuttall, prevê apresentar na segunda-feira o plano da formação para as eleições gerais, que estará marcado por uma "agenda integradora". Nuttall considera que a burqa – véu que cobre todo o corpo, à excepção de uma rede na zona dos olhos – prejudica a integração social e também supõe um risco para a segurança. Entre outras coisas, o UKIP propõe proibir a Sharia (lei islâmica).

O ex-líder do UKIP Nigel Farage, que fomentou o referendo europeu de 23 de Junho de 2016, tinha proposto a proibição da burqa antes das eleições de 2010, das quais resultou um Governo de coligação entre conservadores e democratas liberais.

Alguns países europeus já têm imposta a proibição do uso em público do véu islâmico que cobre toda a cara. A primeira-ministra britânica, Theresa May, anunciou na terça-feira a antecipação das eleições gerais, em vez de cumprir a actual legislatura até 2020, por considerar que teria um mandato mais forte nas negociações sobre o "Brexit".

O Reino Unido invocou o Artigo 50 do Tratado de Lisboa, que dá início ao período de dois anos de negociações para a saída de um país da União Europeia (UE), em 29 de marco, pelo que se estima que o país estará fora da UE em Março de 2019.

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