Câmara da Batalha avança com projecto de 485 mil euros para protecção do mosteiro

Projecto visa diminuir os impactos ambientais relacionados com a poluição sonora. Autarca afirma que "deve ser uma prioridade nacional".

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PAULO RICCA

O município da Batalha vai lançar um concurso público para protecção ambiental do Mosteiro, que ronda os 485,8 mil euros, um projecto ambicionado há mais de duas décadas, anunciou hoje a autarquia.

Numa nota de imprensa à Lusa, a câmara da Batalha refere que assinala o Dia Internacional dos Monumentos e Sítios com o lançamento de um concurso público para a realização da empreitada designada por "Operação Urbanística de Salvaguarda aos Impactos de Ruído e Poluição sobre o Mosteiro Santa Maria da Vitória".

Este projecto para a protecção do Mosteiro, está avaliado em 485,8 mil euros e será objecto de apoio através de fundos europeus do Centro 2020, no âmbito das intervenções de requalificação aprovadas no Plano de Acção de Regeneração Urbana da vila da Batalha. "Trata-se de um projecto ambicionado há mais de duas décadas", que consiste na requalificação urbanística e paisagística na frente do Mosteiro, através da criação de uma barreira acústica que irá diminuir os impactos ambientais relacionados com a poluição sonora, contribuindo directamente para melhorar o ambiente urbano, explica o município.

A Câmara recorda que um estudo realizado pelo Instituto de Soldadura e Qualidade (ISQ), através do Laboratório de Ruído e Vibrações, apurou que as medições de ruído ambiente no Mosteiro da Batalha revelam valores muito acima dos permitidos por Lei para o local e que se devem integralmente à influência do trânsito na Estrada Nacional n.º1 (EN1), que passa em frente do Mosteiro.

Considerado Monumento Nacional e Património da Humanidade pela UNESCO, o Mosteiro da Batalha, nos últimos anos "conheceu níveis graves de degradação (situação mais visível na fachada principal do Mosteiro, frente à estrada nacional), para o qual tem contribuído o volume excessivo de trânsito de veículos pesados que passa pela estrada nacional", adianta a nota de imprensa. 

A autorestra n.º19 foi uma alternativa criada, mas que não cumpre o objectivo que justificou a sua construção, ou seja, constituir uma alternativa ao troço da EN1 na zona frontal do monumento.

De acordo com Paulo Batista Santos, presidente da câmara, citado no comunicado, refere que a "valorização e protecção do Mosteiro da Batalha, património nacional e classificado pela UNESCO, deve ser uma prioridade nacional e representa em termos locais um objectivo estratégico que o município da Batalha sempre esteve empenhado e disponível para investir recursos". Nesta data simbólica, tem-se a "oportunidade de iniciar a concretização de um projecto que irá proteger o Mosteiro para as próximas décadas", conclui. 

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