Ex-executivo da Lone Star queria que o seu "génio" lhe valesse 61% dos bens no divórcio

David Work tentou convencer os juízes de que merecia uma maior percentagem da fortuna a dividir com a ex-mulher devido à sua "contribuição especial" para o casamento.

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Os juízes do tribunal em Londres consideraram que as palavras de Work não estavam a ajudar LUSA/FACUNDO ARRIZABALAGA

Um ex-executivo da Lone Star, fundo norte-americano que está a finalizar a compra do Novo Banco, perdeu esta terça-feira o recurso que tinha interposto num tribunal de Londres, noticia a Bloomberg. Em causa estava o divórcio com a mulher com quem esteve casado durante 20 anos. Randy Work queria receber mais de metade de uma fortuna de 225 milhões de libras (aproximadamente 264 milhões de euros) e, para isso, tentou convencer um painel de juízes de que tinha dado uma “contribuição especial” ao casamento e apelou ao seu sentido de “génio”.

A prática britânica, como escreve a Bloomberg, é que num divórcio haja uma divisão por dois de todos os bens. Em 2015, tanto Work como a sua mulher, Mandy Gray, ambos americanos, tinham sido avisados por um juiz de que os bens iriam ser divididos a meio — uma vez que a fortuna tinha resultado de “se estar no sítio certo à hora certa, ou tendo beneficiado de um período de boom”.

Os magistrados que recusaram o recurso de Work, que queria ficar com 61% da fortuna, disseram que a sua postura não o beneficiava e que não tinha conseguido fazer prova de que a decisão tomada anteriormente por um outro juiz estava errado. O mesmo painel de três juízes disse que Randy Work era, “sem dúvida, uma pessoa de sucesso”, mas que “não criou a Lone Star”, cita a Bloomberg. 

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