Passageiro agredido e expulso de voo da United após erro da companhia

Com o avião cheio, a companhia aérea americana queria transportar quatro funcionários e pediu a passageiros para saírem "voluntariamente". Um dos escolhidos acabou por ser agredido.

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Depois de ser retirado do seu lugar, o passageiro foi arrastado pelo corredor do avião DR

A companhia aérea norte-americana United Airlines enfrenta uma onda de contestação depois de um incidente em que um dos passageiros de um voo entre Chicago e Louisville acabou por ser expulso com violência, depois de a tripulação constatar que precisava de transportar quatro funcionários, num voo que já estava cheio.

Perante a sobrelotação do voo 3411, a tripulação começou por pedir que quatro passageiros abandonassem o avião "voluntariamente". Perante a recusa dos passageiros, foi então realizado um sorteio que ditou a saída de quatro pessoas. Um desses passageiros, um médico que tinha de dar consultas no seu destino no dia seguinte, acabou por ser arrastado do seu lugar com o auxílio da segurança do aeroporto. Durante o incidente, o homem acabou por ficar ferido. O momento foi registado e divulgado no Twitter e no Facebook por outros passageiros. Em pelo menos um dos vídeos é visível sangue no rosto do médico.

Uma das passageiras que estava no voo 3411, Audra Bridges, disse ao Courier Journal que o médico, antes de ser arrastado, ficou “muito chateado” com a decisão da tripulação. Disse que era clínico e que no dia seguinte tinha de ver pacientes. Um tripulante avisou-o de que chamaria a segurança se se recusasse a sair por vontade própria, e foram necessários três agentes para o retirar do voo.

O passageiro acabaria por voltar a entrar no avião, correndo para as traseiras da aeronave, onde receberia assistência médica.

A United Airlines emitiu um comunicado sobre o incidente. “O voo 3411 de Chicago para Louisville estava sobrelotado. Depois de a nossa equipa ter pedido voluntários, um cliente recusou-se a sair do avião voluntariamente e forças de segurança foram até à porta [do voo]. Pedimos desculpa pela situação de sobrelotação”, lê-se.

Mais tarde, e perante o avolumar da crise de relações públicas, o CEO da companhia, Oscar Muñoz, apresentou um pedido de desculpas e prometeu colaborar com as autoridades.

A Associated Press revelou pelo Twitter que o agente responsável por arrastar o passageiro para fora do avião foi suspenso.

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