Exportações voltam a crescer para fora da Europa

As exportações e importações de bens nacionais cresceram no mês de Fevereiro, respectivamente, 9% e 8,9% segundo os dados divulgados hoje pelo Instituto Nacional de Estatística (INE). Em 2016 Angola caiu para 8 lugar no ranking de país destinatário das exportações portuguesas

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PAULO PIMENTA

As exportações e importações de bens nacionais cresceram no mês de Fevereiro, respectivamente, 9% e 8,9% segundo os dados divulgados hoje pelo Instituto Nacional de Estatística (INE). As exportações para países fora da União Europeia foi a rubrica que mais cresceu, registando uma variação de quase 30% - também já tinha sido assim em Janeiro de 2017, com um crescimento de 32,9%.

De acordo com o boletim oficial do organismo estatístico, o défice da balança comercial de bens situou-se em Fevereiro nos746 milhões de euros  - o que representa um aumento de 58 milhões de euros face ao mês homólogo de 2016. Se for tirada da equação as importações e exportações de combustíveis e lubrificantes, o saldo negativo da balança comercial situar-se-ia nos 456 milhões de euros, “o que corresponde a uma redução de 35 milhões de euros em relação ao mesmo mês de 2016”, aponta o INE.

As reduções mais significativas das importações aconteceram, de facto, no sector dos combustíveis e lubrificantes. Já os maiores aumentos, nas exportações, verificaram-se nas rubricas de bens de consumo. De acordo com o boletim de Fevereiro, o mercado espanhol foi o que mais contribuiu para o aumento global das exportações, enquanto nas importações foi a Rússia, devido à aquisição de combustíveis. Deve registar-se que neste boletim não aparecem mencionadas transações verificadas no sector dos serviços, que engloba, por exemplo, o turismo.  

Neste boletim de Fevereiro, o INE tem um balanço do comercio internacional durante o ano de 2016, e que deixa perceber a desaceleração face ao crescimento conseguido em 2015: as exportações de bens cresceram 1% em 2016, enquanto que em 2015 tinham crescido 3,7%. Espanha voltou a ser o mercado que mais contribuiu para o aumento global das exportações, assumondo agora um peso global de 26,2% (+1,1 p.p. face a 2015). As exportações para França e Reino Unido também registaram acréscimos significativos (correspondentes a taxas de variação anual de 5% e 5,4% respectivamente), sobretudo Máquinas e aparelhos (em ambos os casos).

Em sentido contrário, e tal como observado em 2015, destaca-se a redução nas exportações para Angola, com uma queda de 28,4). Esta evolução verificou-se na generalidade dos grupos de produtos, embora com maior ênfase nas Máquinas e aparelhos, produtos Alimentares e Metais comuns. Desta forma, o mercado angolano, que entre 2011 e 2014 foi o 4º maior país destino, tendo já descido para 6º em 2015, passou a 8º em 2016 (peso de 3,0%, -1,2 p.p. face a 2015).

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