Elias deu emoção a uma vitória anunciada na Taça Davis

Portugal pode garantir no par a presença no play-off da competição.

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Gastão Elias LUSA/DEAN LEWINS

O capitão Andrei Medvedev já tinha avisado que, mesmo sem os seus melhores representantes, a Ucrânia estava em Portugal para discutir a vitória na segunda eliminatória do Grupo I da Taça Davis. E foi isso que fez, literalmente, Artem Smirnov, tenista classificado no 507.º lugar do ranking, mas com uma motivação bem superior, a que não é alheio o facto de estar a jogar no Clube Internacional de Foot-Ball (CIF) sob a liderança do antigo número quatro mundial, uma lenda no seu país. E foram precisas quatro horas e meia e sete match-points para que Gastão Elias (90.º) colocasse Portugal na frente da eliminatória, vantagem ampliada para 2-0 por João Sousa.

“Já o conhecia e sabia que não ia defrontar um adversário com nível de 500 do mundo. Foi um começo tenso, de ambos, mas consegui fazer a diferença no fim. No segundo set, senti-me sempre superior e sabia que a longo prazo ia cair para o meu lado. Mas ele aguentou muito, jogou a um grande nível, mas penso que fui mais experiente no fim”, resumiu Elias, depois de vencer por 6-4, 7-6 (7/1), 6-7 (6/8), 3-6 e 6-1.

O número dois português teve quatro match-points no terceiro set – a 5-4, 6-5 e quando liderou o tie-break por 6/4 – mas, ao não concretizar, deu maior ânimo a Smirnov, cuja falta de energia foi notória no quinto set, embora ainda tenha anulado outros dois match-points, no derradeiro jogo.

Em contraste, João Sousa (37.º ATP) dominou Nikita Mashtakov (50.º no ranking mundial júnior), em 79 minutos: 6-0, 6-3 e 6-0.

Sousa e Elias têm a oportunidade de, neste sábado, no encontro de pares, conquistar o terceiro ponto decisivo e colocar Portugal nos play-off de acesso ao Grupo Mundial. Do lado ucraniano, estão indicados Denys Molchanov (759.º) e Illia Biloborodko, de apenas 15 anos, mas Andrei Medvedev deixou entender que deverá haver alterações.

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