Tantas histórias que o chão de Lisboa pode contar! Vamos conhecê-las?

Examinar os pavimentos que o homem criou e calcou faz com que se entenda melhor a história de um local e das pessoas que o habitaram. Este é o objectivo da exposição promovida pelo Museu de Lisboa.

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A calçada é o mais típico pavimento português Daniel Rocha
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Molde de calçada Unidade Territorial Oriental
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“Fantoches”, autor desconhecido, séc. XIX Museu de Lisboa
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“Refúgio de Diana” Arquivo Municipal de Lisboa
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Pavimentos em terra batida e em pedra des estruturas da idade do ferro dos antigos Armazéns Sommer (Rua Cais de Santarém, nsº 40-64). Neoépica
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Mosaico romano do Núcleo Arqueológico da Rua dos Correeiros NARC Fundação Millennium BCP
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Calçada em seixo rolado do Largo do Caldas. Inícios séc. XX (?) MC.DES.1838, Museu de Lisboa
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Projecto para os pavimentos da Praça Marques do Pombal. Jorge Afonso Nogueira, década de 40 do séc. XX (?). Desenho a tinta-da- china e aguarela s/papel MC.DES.1838, Museu de Lisboa
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Molde de calçada Unidade Territorial Oriental
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Parte central do teatro romano de Lisboa com o pavimento da orchestra em opus sectile Museu de Lisboa-Teatro Romano

Técnicas, materiais, formas, composições e cores vão contar a história do chão da capital na exposição “Debaixo dos Nossos Pés – Pavimentos Históricos de Lisboa” a partir de dia 19 de Abril no Museu de Lisboa. O piso lisboeta desde a pré-história até aos inícios do século XX vai ser o centro das atenções durante cinco meses no Torreão Poente do Terreiro do Paço.

Os pavimentos de Lisboa, nomeadamente a tão característica calçada, fazem parte da arquitectura da capital e são causa e efeito da evolução citadina. As soluções de pavimentação foram-se modificando ao longo do tempo e, através desta exposição, é possível observar as propostas ensaiadas, testadas e aferidas ao longo do tempo.

"Os impostos pedidos à população para o arranjo de ruas e calçadas imprimiu soluções distintas consoantes os locais onde, economicamente, a população era mais rica. Do mesmo modo, a crescente utilização de coches, liteiras e seges obrigou a uma sistemática pavimentação e ao alargamento das ruas", lê-se no comunicado do Museu de Lisboa, acrescentando que, a introdução do automóvel, em finais do séc. XIX, obrigou a novos avanços tecnológicos: "A 'invenção' do sistema 'Mac-Adam', deu solução provisória à questão de criar pavimentos mais regulares, mas suscitou posteriormente, por parte da população, injuriosos comentários ao pó que desse revestimento se libertava."

Em contraponto, as soluções tradicionais milenares não cessaram de se revelar adequadas e funcionais. Afinal, os materiais mais frequentemente utilizados continuaram a ser a pedra e a cerâmica, embora trabalhados de forma distinta, acrescenta o comunicado.

O tipo de revestimento que existiu no tempo da pré-história vai ser abordado numa perspectiva arqueológica, com o intuito de dar a conhecer ao visitante algumas das muitas intervenções deste tipo que têm sido realizadas em Lisboa nos últimos anos.

A exposição fica no Museu de Lisboa até dia 24 de Setembro e a entrada tem um custo de três euros.

Texto editado por Ana Fernandes

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