Montepio avança para sociedade anónima

A Caixa Económica Montepio Geral deu o tiro de partida no processo que culminará na sua passagem a sociedade anónima, etapa essencial para a abertura do capital a novos accionistas.

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Félix Morgado é o presidente executivo do banco Montepio. Enric Vives-Rubio

Num comunicado enviado ao mercado, esta terça-feira, a Caixa Económica informou que a “Assembleia Geral da Caixa Económica Montepio Geral (CEMG), reunida em sessão extraordinária [esta terça-feira, dia 4 de Abril], deliberou aprovar” todos os passos necessários a transformar a instituição numa sociedade anónima.

Nomeadamente, na reunião foi aprovado  “o Relatório Informativo e Projecto de Estatutos da CEMG, nos exactos termos que mereceram a concordância do Banco de Portugal, com a consequente aprovação da transformação da CEMG em sociedade anónima”, um passo prévio à mudança.

Por outro lado, foi deliberado que “o Conselho de Administração Executivo da CEMG realize todos os actos necessários à efectivação da referida transformação, sem prejuízo das competências conferidas ao Montepio Geral – Associação Mutualista”, ou seja, a gestão de Félix Morgado tem luz verde para agilizar o processo, desde que em coordenação com a sua dona, a associação mutualista.

Finalmente, foi ainda decidida a solicitação da colaboração da equipa liderada por Tomás Correia, concretamente “que seja solicitado ao Montepio Geral – Associação Mutualista, através do seu Conselho de Administração, a colaboração necessária à conclusão expedita da ratificação da deliberação de transformação da CEMG em sociedade anónima”.

A Associação Mutualista é a única dona da Caixa Económica, mas a passagem desta a sociedade anónima permitirá a participação de outras instituições no capital da instituição financeira, nomeadamente da área social, como as misericórdias ou outras. Um cenário que já foi admitido pelo próprio Governo de António Costa, através de um eventual envolvimento da Santa Casa de Misericórdia de Lisboa.

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