O presidente do Parlamento Europeu, Antonio Tajani, criticou e enviou uma carta de protesto ao líder do Eurogrupo, Jeroen Dijsselbloem, por este se ter recusado a comparecer num plenário no Parlamento Europeu, depois das declarações polémicas que fez a um jornal alemão. Na semana passada, o holandês Dijsselbloem acusou os países do sul da Europa de gastarem o seu dinheiro “em copos e mulheres” e “depois pedirem que os ajudem”.

Na abertura da sessão plenária para a qual estava convidado Dijsselbloem, Tajani lamentou que o líder do Eurogrupo tenha declinado “mais uma vez” o convite para participar no debate sobre a Grécia. Apesar de não haver uma “obrigação jurídica” para que o presidente do Eurogrupo tome a palavra em plenário, quando se pedem tantos sacrifícios aos cidadãos europeus, deve aceitar-se o convite para falar perante os seus representantes, disse ainda Antonio Tajani, citado por um comunicado do serviço de imprensa do Parlamento Europeu.

Além disso, Tajani anunciou que vai enviar uma carta formal de protesto a Dijsselbloem, manifestando a condenação unânime decidida pelo Parlamento Europeu.

Foram também vários os eurodeputados que dedicaram duras críticas ao governante holandês, existindo até apelos à sua demissão do Eurogrupo e para que fosse considerada persona non grata no Parlamento Europeu.