Marcelo prefere Centeno em Portugal em vez de em Bruxelas

Mário Centeno terá sido sondado para substituir o presidente do Eurogrupo, mas o Presidente da República afirma que António Costa não lhe falou sobre o assunto. E sublinha: "esta não é a altura para estar a mudar de ministro das Finanças".

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Marcelo Rebelo de Sousa falou sobre a hipótese de Mário Centeno ter sido sondado para presidir ao Eurogrupo à margem de uma homenagem às actrizes Laura Soveral e Adelaide João, na Casa do Artista, em Lisboa LUSA/NUNO FOX

O Presidente da República afirmou neste sábado que deseja que o ministro das Finanças permaneça no cargo e não opte por ir presidir ao Eurogrupo, conforme hipótese noticiada recentemente. Centeno terá sido contactado pessoalmente, mas rejeitou o convite.

"Acho que seria uma má solução para Portugal, porque o ministro das Finanças faz falta em Portugal, com o devido respeito que há pela presidência do Eurogrupo", disse Marcelo Rebelo de Sousa, à margem de uma homenagem às actrizes Laura Soveral e Adelaide João, na Casa do Artista, em Lisboa.

O Chefe de Estado português sublinhou ainda haver por resolver "activos problemáticos no sistema financeiro" e a necessidade de consolidar e afirmar a política financeira e de crescimento.

"Mudar um ministro das Finanças a meio do percurso não me parece uma boa ideia, mas o primeiro-ministro não me falou disso. Penso que isso terá passado pela cabeça de alguém em Bruxelas, eventualmente, mas foi um vento que passou e já foi", afirmou.

Marcelo Rebelo de Sousa insistiu que "esta não é a altura para estar a mudar de ministro das Finanças, mas isso é um problema do primeiro-ministro", acrescentando que António Costa não lhe comunicou nada, algo que desejou que continuasse assim.

O Expresso noticiou este sábado que Mário Centeno "já foi sondado" para substituir o presidente do Eurogrupo, "mas António Costa não quer ver o seu ministro das Finanças dividido entre Lisboa e Bruxelas", num momento em que o Executivo de António Costa gere vários dossiês delicados na área das Finanças.

O semanário indica inda que o Governo temeria perder margem de manobra nas suas negociações com Bruxelas caso o seu ministro das Finanças fosse simultaneamente presidente do Eurogrupo.

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