Mais de uma centena de artistas de todo o mundo são esperados em Junho, em Loures, no distrito de Lisboa, para a segunda edição do festival de Arte Urbana, anunciou esta quarta-feira o município.

O festival Loures Arte Pública irá decorrer entre os dias 17 e 25 de Junho, e pretende, à semelhança da edição anterior, "transformar o concelho numa galeria de arte urbana" através de expressões artísticas como os graffiti, fotografia, escultura ou a “land art”, segundo explicou à agência Lusa a vereadora com o pelouro da coesão social e habitação, Maria Eugénia Coelho.

"Sempre dissemos que seria um festival sem interrupções e que haveria uma continuidade. Já temos cerca de duas centenas de trabalhos espalhados pela cidade e o objectivo é aumentar", apontou.

Relativamente a novidades para este ano, a autarca refere que a única mudança tem a ver com a maior disponibilidade por parte dos proprietários em ceder espaços para os artistas pintarem. "Notamos um maior envolvimento da população, o que é óptimo", sublinhou.

Fachadas de prédios, paredes e muros de escolas ou caixas da EDP são alguns dos locais que irão ser alvo da intervenção.

Um dos exemplos mais ilustrativos do trabalho de arte urbana no concelho de Loures pode ser encontrado no bairro da Quinta do Mocho, em Sacavém, onde as fachadas dos prédios foram pintadas por artistas nacionais e estrangeiros.

Este bairro, que fora outrora rotulado como um dos mais problemáticos do país, recebe actualmente a visita de centenas de pessoas, o que levou a autarquia a criar um programa de visitas guiadas.

Maria Eugénia Coelho destacou ainda o facto de se tratar de "um trabalho totalmente voluntário", uma vez que os artistas não recebem dinheiro para participar, sendo que a única coisa que o município assegura são as refeições, alojamento, material de pintura e logística.

Para assinalar o arranque desta iniciativa, alguns dos artistas que irão participar no festival vão pintar, na quinta-feira, cinco autocarros da Rodoviária de Lisboa.