Os momentos felizes que Iordanov viveu no Sporting — e que ainda o emocionam

O avançado búlgaro chegou em 1991 a Alvalade para se tornar num dos míticos capitães dos "leões". Recorde os momentos altos nos dez anos que passou de verde-e-branco.

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O avançado em acção no ano de 1997 MIGUEL SILVA

Ivaylo Iordanov voltou aos jornais esta semana, depois de um reencontro com um jornalista brasileiro que lhe levou uma mensagem de antigos companheiros do Sporting. Emocionado, o ex-jogador — a quem, há quase 20 anos, foi diagnosticada esclerose múltipla — ouviu as palavras de César Prates, André Cruz e Leandro, três dos muitos futebolistas que o acompanharam no relvado de Alvalade.

A história do búlgaro vai muito para lá da doença e desta reportagem — e vale a pena recordá-la. Chegado a Lisboa em 1991, Iordanov tornou-se no primeiro estrangeiro a envergar a braçadeira de capitão do Sporting, e foi um dos mais marcantes da história do clube. Ao todo, foram dez anos de leão ao peito, 222 jogos, 70 golos marcados, uma Taça de Portugal, uma Supertaça e um título de campeão nacional. Pela selecção, destaca-se também um quarto lugar no Mundial dos EUA, em 1994, naquela que foi a melhor prestação de sempre da equipa nacional da Bulgária. O estilo de jogo que apresentava fez com que ficasse conhecido, nas bancadas do velho Estádio José de Alvalade, como o "mochilas".

Estes são alguns dos momentos altos do mítico avançado búlgaro em Alvalade.

1991/1992, a estreia. Nesta época Iordanov chega ao Sporting e vence a Taça de Honra da Associação de Futebol de Lisboa em Alvalade contra o rival de sempre, o Benfica.

1994/1995, o primeiro título. O Sporting chegava ao Jamor para defrontar o Marítimo e com a possibilidade de levar para o museu o primeiro título em 13 anos. A figura do jogo foi Iordanov, que marcou os dois golos do jogo e ofereceu a Taça de Portugal aos “leões”.

1995. Depois da vitória na Taça de Portugal, o Sporting defrontou o campeão nacional, o FC Porto, na Supertaça Cândido de Oliveira. Na partida disputada em Paris, a equipa de Alvalade não deu hipóteses e bateu os “dragões” por 3-0. Sá Pinto por duas vezes e Carlos Xavier foram os autores do golos. O búlgaro figurava na conquista de mais um título em Alvalade.

1999/2000, o fim do jejum de 18 anos. O búlgaro já havia prometido que só sairia do Sporting quando se sagrasse campeão nacional e o jejum que durava há 18 anos fosse quebrado. Mais do que isso, prometia que, quando isso acontecesse, iria colocar um cachecol do Sporting na estátua do Marquês de Pombal, em Lisboa. E assim foi em 2000. Já com a esclerose múltipla diagnosticada, o que o obrigou a jogar menos do que provavelmente gostaria, e enfrentando a concorrência de Beto Acosta, Iordanov disputou neste campeonato 15 jogos e marcou apenas um golo. A promessa foi cumprida e no campo do Salgueiros, onde os “leões” se sagraram campeões nacionais, o búlgaro era um dos mais emocionados.

(Neste vídeo, que mostra o jogo completo e a reportagem da SIC, vê-se Iordanov emocionado entre o minuto 1:47:00 e o 1:48:00)

2010, o jogo de homenagem. Depois de processos em tribunal, o Estádio de Alvalade recebeu finalmente o jogo de homenagem ao avançado búlgaro. Antigos companheiros do Sporting e da selecção e amigos reuniram-se para honrar o antigo capitão "leonino".

Os golos. Foram a maior marca de Iordanov em Alvalade. Os golos. Aqui ficam alguns dos melhores que o búlgaro marcou nos seus dez anos de leão ao peito.

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