Cidadãos querem montanha russa e wi-fi na nova Feira Popular de Lisboa

Das mais de quatro mil pessoas que deram sugestões à câmara de Lisboa, a maioria valoriza primeiro o tipo de atracções da feira e o preço de entrada.

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A Câmara de Lisboa, presidida por Fernando Medina, recolheu opiniões das pessoas durante nove meses Enric Vives-Rubio

Mais de quatro mil pessoas deixaram a sua opinião no site criado pela Câmara de Lisboa para receber sugestões para a nova Feira Popular, tendo as preferências recaído, entre outras, sobre a montanha russa e internet sem fios.

Entre 1 de Junho de 2016 e 18 de Março de 2017, a página feirapopulardelisboa.pt recebeu 4812 contributos e perto de 35 mil visitas, segundo dados da Câmara Municipal de Lisboa, aos quais a agência Lusa teve acesso.

Quando entram no site, os cidadãos são convidados a preencher um formulário no qual indicam o que mais valorizam na nova Feira Popular, quais os períodos do ano mais importantes, se preferem divertimentos tradicionais ou mais inovadores, ou qual o tipo de restaurante que gostariam de ver na feira.

Podem opinar também se consideram que o parque deve ter espaços culturais e educacionais, além dos divertimentos, e que tipo de equipamentos valorizam no futuro parque de diversões da cidade. Os cidadãos que responderam valorizam em primeiro lugar o tipo de atracções que a feira irá ter, bem como o preço da entrada, tópicos que recolheram 3252 e 2979 votos, respectivamente.

Quanto ao período do ano mais importante, a maioria preferiu o verão e a primavera, em detrimento da Páscoa, do inverno ou do Natal.

Quanto à tipologia dos divertimentos, 4140 respostas recaíram sobre uma mistura entre tradicionais e outros mais inovadores, em detrimento de apenas uma das categorias.

Sobre os equipamentos em concreto, os lisboetas pretendem ver na Feira Popular a montanha russa, que recolheu 3830 votos, seguindo-se a casa do terror (com 3011 votos), a roda gigante (2900), carrinhos de choque (2560), casa dos espelhos (2267), poço da morte (1334) e, por fim, a “bailarina”, escolhida por 969 pessoas.

No que toca a restaurantes, os votos recaem maioritariamente na comida e rulotes tradicionais, seguindo-se a street food, restaurantes vegetarianos, modernos e fast food.

A esmagadora maioria dos participantes concorda que a Feira Popular deve contar também com espaços culturais e educacionais, sendo que as preferências recaem sobre um espaço café-concerto, outro para grandes concertos e um museu alusivo à antiga feira.

Quando questionados sobre outras formas de valorizar o novo espaço, os cidadãos que participaram neste inquérito dão primazia à internet sem fios, que recolheu 3476 votos, uma página na rede social Facebook (2425 votos), venda de artesanato (2231), um espaço multiusos para eventos (2198), uma mascote (1728), locais para carregamento de telemóveis (1626), espaços desportivos (1381), uma música (955), uma discoteca (525) e, por fim, desfiles de moda (323).

Criada em 1943, a Feira Popular de Lisboa fechou em 2003, depois de ter funcionado em locais como Palhavã e Entrecampos. No final de 2015, a autarquia anunciou que a Feira Popular iria voltar, inserida num parque urbano de 20 hectares em Carnide.

O presidente do município, Fernando Medina, referiu que, paralelamente, "correrá o concurso e o processo de investimento na construção da zona de diversões da Feira Popular", que ocupará perto de nove hectares. A expectativa é de que os visitantes possam frequentar a nova Feira Popular em 2018.

Além do site, a câmara de Lisboa conta com uma carrinha que marcou presença em eventos como a inauguração do renovado Cais do Sodré e onde podem ser deixadas sugestões. É também possível ter uma experiência de realidade virtual do que poderá ser a nova feira.

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