Os pacotes de telecomunicações conhecidos como quintuple play (5P), ou seja, que incluem banda larga fixa, serviço fixo de voz, televisão paga, serviço telefónico móvel e banda larga móvel, “tornaram-se os preferidos" dos portugueses em 2016, ano em que as receitas das empresas com estas ofertas múltiplas cresceram 11,5%, revelou a Anacom.

Segundo os dados divulgados esta quinta-feira pelo regulador das comunicações, o volume de negócio dos operadores com os pacotes de serviços atingiu 1680 milhões de euros no passado, repartidos por um total de 3,51 milhões de subscritores, evolução que representa um aumento de 266 mil clientes (ou mais 8,25) face a 2015.

De acordo com a Anacom, a Meo (PT Portugal) era a empresa com maior quota de clientes (39,7%), seguindo-se a Nos (39,3%), a Vodafone (15,9%) e o grupo Apax, dono da Oni e Nowo, a antiga Cabovisão (5%). Com uma base mais baixa do que as rivais Meo e Nos, “a Vodafone foi o prestador que mais aumentou a sua quota de subscritores durante 2016”, em 2,1 pontos percentuais, “e o que captou mais subscritores em termos líquidos”, refere a nota do regulador.

No ano passado, a receita média mensal das empresas por subscritor subiu 2,2%, atingindo 41,48 euros. A Meo liderou o ranking das receitas dos serviços em pacote com uma quota de 43,1%, seguindo-se a Nos (39,1%), a Vodafone (13,5%) e a Apax (4,2%).

No caso específico do 5P, o número de clientes atingiu 1,44 milhões, representando já 41% dos clientes e 55% das receitas com pacotes. No espaço de 12 meses, as empresas angariaram mais 117 mil subscritores deste tipo de ofertas. No caso do triple play (Internet, televisão e voz), o número de clientes aumentou em 116 mil, ou 8,9%, face ao período homólogo, chegando a um total de 1,42 milhões de subscritores, que representam 40,4% do total.

Enquanto a Nos liderava nas modalidades de 3P e 4P (televisão, banda larga e voz fixa e móvel), a Meo dominava nas modalidades 2P e 5P, tanto em termos de subscritores como em termos de receitas.

Segundo os dados da Anacom, 8,4 em cada dez famílias portuguesas eram clientes de pacotes de serviços no final do ano passado, o que representa um aumento de 6,5 pontos percentuais face a 2015.