Vice-director da NSA ridiculariza alegações da Casa Branca

O Reino Unido escutou Trump? "É uma loucura", diz um dos principais responsáveis dos serviços secretos norte-americanos.

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Sean Spicer, porta-voz da Casa Branca, acusou o Reino Unido de ter espiado Trump durante a campanha eleitoral. Reuters/JONATHAN ERNST

As alegações norte-americanas de que os serviços secretos britânicos teriam escutado Donald Trump durante a campanha eleitoral são “de um ridículo do pior”, declarou à BBC o vice-director da NSA (Agência de Segurança Nacional), Richard Ledgett.

“É uma loucura”, disse o responsável, que afirmou que as afirmações do porta-voz da Casa Branca, Sean Spicer, “demonstram uma total ausência de conhecimento de como funcionam as relações entre os serviços secretos”.

“Seria epicamente estúpido” se Londres espiasse Trump, argumenta Ledgett, apontado para a gravidade das consequências de tal acto, face à inexistência de um benefício evidente.

Spicer apontou o dedo à secreta britânica na quinta-feira depois de o Presidente dos EUA, Donald Trump, ter reiterado as acusações dirigidas ao seu antecessor, Barack Obama, de que este o teria espiado durante a campanha para as presidenciais de Novembro. A alegação, recorde-se, já foi desmentida pelo Congresso norte-americano, pelo FBI e pelo porta-voz do antigo Presidente democrata. Trump não apresentou quaisquer provas até ao momento.

Numa rara declaração pública, também a agência britânica de espionagem e contra-espionagem GCHQ veio considerar as acusações de Spicer “absolutamente ridículas”. Agora, as declarações de Ledgett vêm também adensar o clima de tensão entre a Administração Trump e os serviços secretos norte-americanos.

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