Portugueses instalam mais de uma dezena de apps todos os meses

Inquérito da Kaspersky Lab revela que Portugal é um dos países onde menos se adiam as actualizações de aplicações móveis e programas informáticos.

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Pouco mais de metade dos utilizadores portugueses revêem com regularidade os conteúdos que tem no seu dispositivo pcm patricia martins

Os portugueses instalam cerca de 18 novas aplicações móveis para Android (seja para o telemóvel ou tablet) todos os meses, segundo um estudo da multinacional de cibersegurança Kaspersky Lab, que inquiriu mais de 16 mil pessoas em 17 países. São cinco apps acima da média dos outros países. Porém, no que toca a bons hábitos de saúde digital para os dispositivos móveis – em termos de evitar vírus informáticos e actualizar os programas – os portugueses lideram. 

De acordo com informação reunida pela Kaspersky Lab, 62,5% dos portugueses inquiridos actualizam as suas aplicações móveis e sistemas operativos de acordo com as recomendações do programa. É o maior número de entre os países inquiridos. Porém, à semelhança da média (em que cada utilizador junta cerca de 66 aplicações móveis nos dispositivos), pouco mais de metade dos utilizadores portugueses (54,4%) revêem com regularidade os conteúdos que têm nos seus dispositivos e apagam o que já não utilizam. Um teste feito com uma amostra de 66 das aplicações Android mais populares concluiu que 54 destas continuava a consumir dados móveis (cerca de 22 megabytes diários cada, o suficiente para trocar algumas mensagens de texto).

“Os utilizadores expõem os seus dispositivos e dados pessoais a ameaças de segurança, falhando em medidas simples de proteção dos seus dispositivos como limpar e fazer o update de software e aplicações, ajustar as definições e desinstalar outras que já não usam”, avisa o director geral da Kaspersky Lab Ibéria, Alfonso Ramírez, em comunicado.

O relatório da empresa tem o objectivo de alertar as pessoas para os perigos do chamado lixo digital, porque cerca de 83% das aplicações móveis criadas terão acesso a dados sensíveis dos utilizadores, como contactos e mensagens trocadas. Impedir as actualizações automáticas dos programas facilita a entrada de vírus nos dispositivos, alerta a equipa da Kaspersky Lab.

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