Marcelo tem como "evidente e assente" que Governo não pretende mudar currículos

Presidente da República falou aos jornalistas no final de uma conferência em Lisboa.

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Marcelo recebeu de Costa a garantia de que as mudnaças anunciadas pelo Ministério da Educação não são para já Rui Gaudencio

O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, afirmou nesta quinta-feira que "já há bastante tempo" tem como "evidente e assente" que o Governo não pretende mudar os currículos escolares, nomeadamente de Matemática e de Português.

Segundo o PÚBLICO noticiou nesta quinta-feira, o Presidente da República também recebeu garantias de António Costa de que as alterações que têm vindo a ser anunciadas pelo Ministério da Educação não entrarão em vigor no próximo ano lectivo, como inicialmente indicou o ME.

O ministério sempre negou que iria proceder a uma reforma curricular, embora as alterações que já propôs (a que chama flexibilização curricular), e que também estão consignadas no perfil do aluno à saída da escolaridade obrigatória, levariam a uma mudança profunda no sistema educativo, segundo alertaram directores e professores.   

O chefe de Estado falava no final de uma conferência sobre cooperativismo financeiro, na Escola Superior de Tecnologia da Saúde de Lisboa, em resposta aos jornalistas, que lhe perguntaram se recebeu do Governo a garantia de que não haverá mudanças nos currículos de Português e de Matemática.

"Para mim foi evidente já há bastante tempo, quando se começou a falar [no assunto] – há um mês e meio ou dois meses saíram as primeiras notícias – que não havia da parte do Governo intenção de reformar os programas, nomeadamente de Matemática e de Português, como se tinha noticiado", respondeu o Presidente da República, citado pela Lusa.

"Portanto, eu nunca mais voltei a pensar nisso, porque era para mim evidente e assente que não era essa a intenção do Governo", acrescentou.

Na semana passada, o Ministério da Educação garantiu ao PÚBLICO que a redução da carga horária destas disciplinas “não está, nem esteve a ser equacionada”. Esta garantia surgiu três semanas depois do Secretário de Estado da Educação, João Costa, ter admitido ao Expresso que se teria de cortar horas a algumas disciplinas, depois de ter sido questionado se Português e Matemática seriam as sacrificadas.

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