Cinco sugestões de leitura: dos portugueses na América de Trump às máquinas “verdadeiramente inteligentes”

Cinco jornalistas do PÚBLICO deixam cinco sugestões que valem a pena ler na imprensa internacional. Ficamos a conhecer (melhor) Anthony Bourdain, Christopher Knight e a manipulação a que estamos sujeitos online.

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Chris Keane/REUTERS
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Como estão a ser usados os nossos dados? Stringer/Handout
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O corpo é a peça que falta para máquinas “verdadeiramente inteligentes” Michael Buholzer/Reuters
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Anthony Bourdain Rui Soares
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Refúgio de Christopher Knight Handout/Reuters

 

Os portugueses na América de Trump

Roads and Kingdoms

 

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Alexandra Prado Coelho, grande repórter

Dur e Aziz Amna é paquistanesa, vive em Nova Iorque e é casada com Bryan, um luso-americano. Um almoço com a família do marido na Seabra’s Marisqueira, no bairro de Ironbound, em Newark, à volta de bacalhau à lagareiro, filetes, bife à portuguesa e iscas, é o pretexto para contar a história dos portugueses de Newark, no passado e hoje. O texto, no site de jornalismo ligado a “comida, política, viagens e cultura” Roads and Kingdoms, é um bom exemplo do tipo de histórias que aqui se publicam, escritas por pessoas nos mais variados pontos do mundo. As memórias da família Pinheiro – incluindo uma tentativa frustrada de regresso a Portugal – servem neste caso para se falar (também) dos que representam os imigrantes para os EUA. Ou seja, para se falar de Trump sem se falar de Trump. Ler

Os nossos dados estão seguros?

The Guardian

 

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Cátia Mendonça, infografista

Produzimos dados a cada segundo que passa, todos são guardados e muitos serão analisados. Estarão seguros? George Monbiot diz que a informação online está a ser usada para nos manipular e que a nossa capacidade de resistir a essa manipulação é limitada. O jornalista e colunista do britânico The Guardian questiona no seu artigo se nos EUA e no Reino Unido os dados estarão a ser usados para criar propaganda política personalizada de forma a alterar a maneira como votamos. Ler

O que falta para haver máquinas “verdadeiramente inteligentes”

Aeon

 

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João Pedro Pereira, coordenador de Tecnologia

A inteligência artificial é um tema da moda e uma tecnologia progressivamente mais presente: desde carros que conduzem sozinhos, a robôs sofisticados capazes de substituir trabalho humano, passando pelos tradutores automáticos e os assistentes pessoais digitais que já estão dentro dos telemóveis. Nesta reflexão, Ben Medlock, co-criador do SwiftKey, um teclado inteligente para smartphones que foi comprado pela Microsoft, argumenta que a inteligência artificial ainda está muito longe da inteligência humana – e que esta poderá ser indissociável do corpo. O artigo, que também pode ser ouvido, foi publicado na Aeon, uma revista online sem fins lucrativos que explora ideias nas áreas da ciência, tecnologia, cultura e artes. Ler/Ouvir

A “festa móvel” de Anthony Bourdain

New Yorker

 

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Pedro Guerreiro, editor de Homepage

Este teria sido apenas o enésimo perfil de Anthony Bourdain, não estivesse maravilhosamente bem escrito. Mas afinal estamos a falar da New Yorker, cuja leitura regular deveria dar equivalência a uma cadeira de Inglês. O longo artigo de Patrick Radden Keefe, publicado na penúltima edição de Fevereiro, é exemplar na gestão narrativa dos episódios da vida pessoal de um tipo que, apesar de ter o nosso emprego de sonho – viajar, comer e escrever –, não leva uma existência extraordinariamente invejável. Mas também não se fica com pena de Bourdain. Aliás, dois terços do artigo adentro, pousei a revista e comentei com quem já tinha lido: “este gajo é um sacana”. “Lê até ao fim”, responderam-me. E lá surge a reviravolta, que não vou spoilar. Afinal, tenho um pouco de pena do Bourdain. Afinal, o tipo é porreiro. E até parece que vai abrir uma espécie de Mercado da Ribeira asiático em Nova Iorque. Um dia iremos lá, disse à minha companheira de leitura. E um dia escreverei como o Keefe. Ler

Como um homem sobreviveu 27 anos na floresta

The Guardian

 

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Liliana Valente, jornalista de Política

“Se gostar da solidão, nunca estará sozinho”. É esta uma das frases que fica depois de se ler esta reportagem do Guardian sobre um homem que esteve longe de tudo, no meio de uma floresta, nos últimos 27 anos. Esta é a história de Christopher Knight, que não tinha quaisquer laços com a sociedade e por isso decidiu viver longe dela. O único plano: não ter contacto com ninguém. Mas esta é uma história que revela muito mais do que isso. E esse “mais” faz, aqui, toda a diferença. Ler

Já viu isto?” é uma rubrica semanal com sugestões da redacção do PÚBLICO para trabalhos jornalísticos de outros media

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