Papa: empresários que não protegem trabalhadores cometem "pecado muito grave”

O Papa Francisco considera que os patrões e gestores têm responsabilidade de pensar nos seus funcionários.

O líder da Igreja Católica sublinha a importância de um emprego na dignidade humana
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O líder da Igreja Católica sublinha a importância de um emprego na dignidade humana LUSA/ALESSANDRO DI MEO
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O líder da Igreja Católica sublinha a importância de um emprego na dignidade humana Reuters/TONY GENTILE
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O líder da Igreja Católica sublinha a importância de um emprego na dignidade humana LUSA/ALESSANDRO DI MEO
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O líder da Igreja Católica sublinha a importância de um emprego na dignidade humana Reuters/TONY GENTILE

Empresários que fechem os seus negócios, fábricas ou reestruturem empresas sem considerarem o impacto que isso terá nos seus funcionários e famílias estão a cometer “um pecado muito grave”, considerou o Papa Francisco esta quarta-feira.

Dirigindo-se a dezenas de milhares de pessoas na praça de S. Pedro para a sua audiência semanal, o Papa Francisco afastou-se do seu texto previamente preparado depois de dizer que estava preocupado com as famílias que poderiam ser afectadas na estação televisiva Sky Italia, tornando claro que estava preocupado com este problema.

“O emprego dá-nos dignidade. Aqueles que são responsáveis pelas pessoas, os gestores, são obrigados a fazer tudo para que todas as mulheres e todos os homens possam trabalhar e possam caminhar com a cabeça erguida e olhar as outras pessoas cara-a-cara, com dignidade”, afirmou o Papa.

“Aqueles que, por esquemas económicos ou que para fazer acordos de negócios não são totalmente transparentes, fechem fábricas e encerrem empresas e tirem o emprego às pessoas comentem um pecado muito grave”, afirmou.

O Papa Francisco tem defendido os direitos dos trabalhadores desde que se tornou líder da Igreja Católica, com mais de 1200 milhões de fiéis, há quatro anos.

Como outros países, Itália tem visto as suas fábricas e empresas encerrarem a produção ou a deslocalizarem-se para países onde a mão-de-obra é mais barata ou como resultado de reestruturações ou fusões empresariais. 

A estação Sky Italia tem sido atingida por greves dos seus funcionários, em protesto contra os planos da empresa para mover grande parte das suas operações de Milão para Roma, uma decisão que poderá custar centenas de empregos e transferências forçadas de trabalhadores, alertam os sindicatos.

Um outro assunto que dominou os jornais italianos foi o risco que correm até 2000 pessoas que poderão perder os seus empregos na reestruturação da companhia aérea Alitalia.

A perda de postos de trabalho neste e noutros casos tem sido acentuada pelo medo do desemprego a longo-prazo pelos afectados. A taxa de desemprego em Itália ronda os 12% e o desemprego jovem aproxima-se dos 40%.

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