O Leicester jogou “à Leicester” e eliminou o Sevilha

Campeões ingleses vencem em casa por 2-0 e seguem para os quartos-de-final da Liga dos Campeões.

Os dois heróis do Leicester: Morgan marcou, Schmeichel defendeu
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Os dois heróis do Leicester: Morgan marcou, Schmeichel defendeu Darren Staples/Reuters
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O Leicester City pode ser apenas o 15.º na Premier League mas já está entre as oito melhores equipas da Europa, qualificando-se para os quartos-de-final da Liga dos Campeões graças a uma vitória por 2-0 em casa sobre o Sevilha, depois de ter perdido há três semanas na Andaluzia, por 2-1. Foi mais um feito improvável dos campeões ingleses, que já vão em três vitórias em outros tantos jogos (dois na Premier League, um na Champions) desde que despediram Claudio Ranieri e confiaram no interino Craig Shakespeare.

O jogo na Andaluzia tinha sido o último de Ranieri no comando do Leicester e essa partida no Sánchez Pzijuán tinha sido de um domínio absoluto do Sevilha, apenas posto em causa pelo golo de Vardy. E, graças a esse golo, o Leicester apenas precisava de mais um para seguir em frente. Acabou por marcar dois, mas foi um jogo ao estilo do que lhe valeu na época passada o improvável título de campeão da história do futebol inglês. Sem Ranieri e com Shakespeare (e dez jogadores campeões no “onze” titular), este Leicester foi mais Leicester que nunca nesta temporada.

O plano era marcar e resistir. Mas tudo poderia ter sido diferente logo a partir dos 4’. Samir Nasri ganha uma bola junto à linha de fundo e dispara para a baliza, mas Kasper Schmeichel defende. Com o pai, Peter, na bancada do King Power Stadium, o dinamarquês tinha neste momento o início de mais uma exibição de sonho que iria ter o seu momento alto com o jogo mais adiantado. Antes dele, o herói foi outro. Aos 27’, Wes Morgan, o capitão, subiu à área contrária e, após um livre cobrado por Riyad Mahrez, empurrou a bola com a coxa para o fundo da baliza do Sevilha.

Os andaluzes, atordoados com o golo dos britânicos, não conseguiram reagir e estavam longe de repetir em Leicester o domínio asfixiante que exerceram na primeira mão. Já a trupe de Shakespeare estava perfeitamente à vontade neste cenário. Golo marcado, baliza fechada, resistir e contra-atacar. Todos tinham o seu papel e todos o desempenharam na perfeição. Um campeão improvável conseguia superiorizar-se a uma equipa que se tem assumido como um candidato improvável (mas a perder gás) ao topo na Liga espanhola.

Jorge Sampaoli mexeu bastante para a segunda parte e esteve bem próximo de ver o empate aos 53’. Escudero, perante Schmeichel, atira à trave e, na recarga, Nasri remata por cima. No minuto seguinte, jogada de insistência do Leicester, mau alívio dos andaluzes e Marc Albrighton, em dois toques, faz o 2-0. O Sevilha, vencedor das três últimas edições da Liga Europa, precisava de um golo para levar o jogo a prolongamento.

Teve uma oportunidade soberana para o fazer, mas antes ficou a jogar com menos um devido à expulsão de Nasri — o francês viu o segundo amarelo por um desentendimento com Vardy. Depois, veio a tal oportunidade. O árbitro assinala penálti após um derrube de Schmeichel sobre Vitolo aos 78’, mas o guardião dinamarquês repetiu o feito do jogo da primeira mão e, desta vez, segurou o remate fraco de Nzonzi. Não haverá nenhuma final europeia este ano com o Sevilha e o Leicester continua a fazer o impossível.

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