Cinquenta mortos e metade da produção mundial de baunilha ameaçada por ciclone em Madagáscar

Sobe o balanço de vítimas do ciclone que atingiu esta semana o país insular africano.

Foto
Reuters

O ciclone Enawo provocou a morte de pelo menos 50 pessoas e feriu 180 em Madagáscar, avança o jornal francês Le Monde, citando o Gabinete para a Redução Risco de Catástrofes, o equivalente malgaxe da Protecção Civil. A passagem da tempestade tropical afectou ainda 176 mil pessoas, retiradas de suas casas ou privadas de luz e água, de acordo com um novo balanço provisório. Foram disponibilizados 137 abrigos de emergência para acolher os desalojados. O ciclone afectou a região nordeste do país insular, que se situa a leste de Moçambique.

Formado no Oceano Índico, o ciclone Enawo – que começou por atingir a zona nordeste de Madagáscar na terça-feira e causou estragos no país durante toda a semana – trouxe chuvas e ventos até 290 quilómetros por hora, o que faz com que seja considerada uma tempestade de categoria 4. Na quarta-feira, o Enawo chegou à capital Antananarivo, nas montanhas do centro da ilha. Posteriormente, foi reclassificado como uma “depressão tropical”, altura em que os ventos baixaram de intensidade e o ciclone abandonou o território.

O ciclone atingiu um país que já enfrentava, na zona sul, uma seca extrema que tem aumentado o preço do arroz, alimentação base de parte da população. Agora, o impacto será sentido sobretudo na produção da baunilha, com o Enawo a afectar sobretudo a zona de Sava, região nordeste de Madagáscar de onde é oriunda metade da baunilha consumida em todo o mundo.

Segundo a Cruz Vermelha malgaxe, este é o ciclone mais poderoso desde 2012, ano em que o ciclone Giovanna e a tempestade tropical Irina causaram 112 mortos e 90 mil desalojados.

Sugerir correcção
Comentar