É cada vez maior a distância das intenções de voto no PS e no PSD. Em Março, o partido do Governo voltou a subir e situou-se nos 38,3%, enquanto o maior partido da oposição mantém a trajectória descendente e ficou nos 28,8%. São números da Eurosondagem para o Expresso e a SIC no barómetro mensal onde se mostra que o Presidente da República e todos os líderes partidários viram subir a sua popularidade neste mês.

As tendências deste barómetro em relação aos dois principais partidos confirmam toda a evolução verificada no último ano por esta empresa. Em Março de 2016, o PS tinha 35% das intenções de voto e o PSD 32%, tendências que se mantiveram grosso modo até Outubro, altura em que o PSD caiu para a casa dos 30% e o partido de Governo iniciou uma trajectória acentuada de subida.

Embora ainda esteja longe de uma fasquia que lhe permita uma maioria absoluta, o PS vê alargar a maioria de esquerda. O BE não verificou qualquer alteração da posição, mantendo os 9,2% do mês anterior, mas garante a sua posição de terceiro partido a uma distância de dois pontos percentuais do CDS (mais 0,2) e de 1,2% da CDU, que caiu três décimas. O PAN também reforçou a liderança do campeonato dos pequenos partidos, subindo as mesmas sete décimas que perdem todos os outros sentidos de voto (outros partidos, votos brancos ou nulos).

No campeonato da popularidade, desta vez todos saem a ganhar na comparação com o mês anterior. No momento em que completa um ano de mandato, Marcelo Rebelo de Sousa sobe mais 3,8 pontos percentuais no saldo entre apreciações positivas (72%) e negativas (13,8%), situando-se nos 58, 2 pontos. Logo a seguir vem o primeiro-ministro, António Costa, embora com uma fasquia mais humilde: 31,8 pontos de popularidade positiva (mais 2,5). Jerónimo de Sousa aparece desta vez acima de Passos Coelho: o líder do PCP tem um saldo positivo de 10,4  (subiu 2,3), enquanto o líder do PSD tem 10,3 pontos (subiu 1 ponto).

As duas mulheres líderes partidárias ficaram na base desta tabela: Assunção Cristas (CDS-PP) tem vindo a reforçar a sua posição e desta vez subiu 1,4 pontos percentuais para 9,7% e Catarina Martins (BE) subiu um pouco mais (1,6) mas ainda se fica pelos oito pontos de diferença entre a apreciação positiva e negativa dos inquiridos.

O estudo de opinião foi efectuado entre 1 e 8 de Março por meio de 1222 entrevistas telefónicas a residentes no território continental de Portugal, estratificadas por região de acordo com a sua população. A margem de erro da amostra é de 3,08% para um grau de probabilidade de 95%.