Quem os viu em Paredes de Coura logo após a edição do homónimo álbum de estreia, em 2012, sabe o efeito que provocam: uma torrente de som demarrada sobre o público que inebria os sentidos enquanto a secção rítmica cria uma batida incessante, qual hipnose atingida com precisão mecânica.

Quem os viu agora testemunhou como, sob essa imponente massa de som, decididamente eléctrica, surgem formas assemelhadas a canções, ora envoltas em negro misterioso, ora iluminadas por romantismo escapista. Os TOY transformaram-se subtilmente e oferecem-nos novas camadas de leitura na música que criam. Digamos que são mais, são melhores. Quanto a isso, o concerto desta quarta-feira no Hard Cub não terá deixado dúvidas. 

A primeira parte foi assegurada pelos vimaranenses Toulouse, máquina de fazer canções que descobrimos recentemente com a edição do álbum de estreia, Yuhng, belíssimo compêndio de bom gosto na abordagem pop, disco de rock cristalino a chamar o Verão que não tarda.