Cartas ao director

Offshores, caso de política ou caso de polícia?

Para que se possa fazer a distinção é necessário que sejam publicadas as listas que foram omitidas, para que os cidadãos em geral possam denunciar incongruências Durante os anos negros da troika aconteceram falências em catadupa, e será curioso ver se gestores ligados a firmas que faliram fizeram transferências.

Também é licito especular que Paulo Núncio viu na lista alguém próximo e quis protege-lo. Estes poderão ser casos de polícia. Se não é caso de polícia, mas sim caso de politica então a responsabilidade não é só de Paulo Núncio.

Quintino Silva, Paredes de Coura

 

Fuga de Capitais

Portugal não é um país atractivo para quem tem algum dinheiro e deseja poupar, sem que seja penalizado pela implacável máquina fiscal, o que é razão bastante para que os detentores de algum poder económico procurem condições mais vantajosas para aplicar o seu capital em offshores. É interessante a posição da máquina fiscal, quando são dados benefícios fiscais a cidadãos que não sendo portugueses, escolhem Portugal para viver, aproveitando os mesmos, enquanto que, os portugueses mais abastados, estão sujeitos à cobrança de todo o tipo de impostos, cujo significado não é mais do que impor um pagamento para ter uma condição de vida mais razoável.

Quando olhamos para um país com hábitos de corrupção, onde por mais impostos que se paguem não existem respostas sociais eficazes, é muito natural que quem reúne algum poder económico procure no exterior o que o país não oferece, á semelhança do que fazem os cidadãos estrangeiros que aproveitam os benefícios fiscais portugueses. A fuga de capitais só é justificada porque á semelhança da valorização profissional que não é dada aos portugueses que procuram no exterior outras condições de vida, também aqueles que amealham o fruto do seu trabalho optam por não serem espoliados pela elevada carga fiscal, sem que esta tenha o efeito de melhorar o país. 

Américo Lourenço, Sines

 

O “porta-voz” do PS?

Agora compreendo o repúdio de muitos jovens qualificados a militar em partidos. Ficaram os que por falta de competência querem fazer carreira de "jotas", sem vida profissional própria anterior. Isto a propósito duma recente declaração "urbi et orbi" do jovem porta-voz do PS, em que denunciou o Presidente da República por estar "profundamente implicado na polémica da CGD, tanto quanto Mário Centeno". Mas 24 horas depois desdisse-se, dizendo que a "polémica era em torno de nada", pois nada pode ser imputado a Centeno.

Este "esclarecimento" foi obviamente antecedido de uma declaração do presidente do PS, afirmando que aquele não estava a falar como porta-voz do partido, nem como deputado. Ainda esperei, ingénuo, que houvesse uma ponta de vergonha e que o desqualificado "porta-voz", tirasse consequências e se demitisse. Mas admito que seja útil aos que, como o presidente do PS, gostam de atirar a pedra e esconder a mão...

Manuel Martins, Alandroal

 

 

 

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