Interesse dos europeus para ir aos EUA caiu 12% depois da proibição de Trump

Os europeus têm menos interesse turístico pelos EUA depois do decreto de Trump ter proibido a entrada de vários cidadãos no país; a nível global, estudos apontam que o interesse tenha baixado 17%.

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LUSA/Olivier Douliery / POOL

Depois do Presidente norte-americano ter assinado, no final de Janeiro, um decreto presidencial que impedia a entrada de cidadãos de sete países maioritariamente muçulmanos, o interesse dos turistas europeus em visitar os EUA baixou cerca de 12%, noticia a Forbes.

O decreto presidencial de Trump proíbe temporariamente a entrada no seu país de cidadãos do Irão, Iraque, Líbia, Somália, Sudão, Síria e Iémen. A ordem executiva também interrompeu o acolhimento de refugiados. De acordo com o Presidente, o objectivo desta proibição é proteger o país de ataques terroristas.

A companhia francesa liligo – um site que compara preços de voos, com mais de meio milhão de pesquisas por dia – notou um decréscimo de 11,6% das pesquisas feitas na Europa para os Estados Unidos, nas semanas que se seguiram à ordem executiva assinado por Trump. “Notamos uma clara tendência negativa”, diz Eric Urbain, director de marketing da liligo nos Estados Unidos.

Esta conclusão surgiu depois de serem analisadas as pesquisas feitas no Reino Unido, Itália, Espanha, França e Alemanha, entre 1 de Janeiro e 8 de Fevereiro de 2017, comparando-as com as que tinham sido feitas no período homólogo do ano anterior. A Itália foi o país com a maior descida, havendo menos 17% de pesquisas depois do decreto assinado por Trump; já na Alemanha, a descida registada foi de 14%.

A Hopper, uma empresa de pesquisa de mercado, comparou as pesquisas online de voos para os Estados Unidos nas últimas semanas da presidência de Obama e nas primeiras semanas da administração Trump, tendo notado uma diminuição de 17%. A maior parte dos países analisados mostraram um decréscimo das pesquisas de viagem que tinham os Estados Unidos como destino, sendo a Rússia uma das excepções (e onde as pesquisas de voos para a América subiram 88%). 

As viagens de negócios também têm sido afectadas. Segundo o The Economist, as operações relativas a viagens de negócios baixaram 3,4% na semana seguinte ao anúncio da ordem executiva de Trump, o que resultou em cerca de 185 milhões de dólares perdidos em reservas (cerca de 175 milhões de euros). “A maior preocupação é o incómodo de viajar para os Estados Unidos”, afirma Eric Urbain, considerando que as pessoas receiam longas filas e a possibilidade de os vistos serem recusados.

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