Ataque bombista na Síria faz 42 mortos

Ataque ocorreu na cidade síria de Homs e também envolveu o recurso a armas.

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Reuters/OMAR SANADIKI

Pelo menos 42 pessoas morreram neste sábado de manhã, no ataque de três bombistas suicidas na cidade de Homs, na parte ocidental da Síria. A autoria do ataque é ainda incerta; numa publicação na rede social Telegram, o grupo jihadista Tahrir al-Sham deu “graças a Deus” pelo sucedido, ainda que não tenha reivindicado explicitamente a responsabilidade. Entre as vítimas mortais está um dos chefes das autoridades militares da cidade de Homs.

De acordo com o Observatório Sírio de Direitos Humanos, em declarações à Reuters, os ataques começaram de manhã cedo e, para além do chefe das autoridades relativas a segurança, vitimaram mais 29 pessoas no quartel e outras 12 numa delegação de segurança da cidade.

A televisão estatal da Síria noticiou que os confrontos tinham abalado os distritos de Ghouta e Mohata – onde ficam localizados os dois alvos do ataque. Depois, três homens fizeram-se explodir em cada um dos locais. O mesmo canal avançou que tinham morrido 32 pessoas, incluindo o dirigente da delegação militar de segurança, Hassan Daaboul. Entretanto, a Reuters noticiou que o número de vítimas mortais subiu para 42.

Na publicação da aliança rebelde jihadista Tahrir al-Sham, refere-se que foram cinco os bombistas envolvidos, sem assumir directamente qualquer responsabilidade. “Cinco bombistas suicidas atacaram duas delegações estatais de segurança em Homs… graças a Deus”, lê-se na publicação. O grupo Tahrir al-Sham foi formado no início deste ano, através da soma de vários grupos radicais, como o Jabhat Fateh al-Sham – anteriormente conhecido como Frente al-Nusra, que cortou o vínculo com a Al-Qaeda em Julho de 2016. 

Para o Observatório Sírio de Direitos Humanos, ainda não é certa a origem dos ataques. Nos últimos meses, têm sido registados vários bombardeamentos na Síria e a cidade de Homs não é excepção. Tem havido ataques por parte do Daesh na cidade, que está integralmente sob domínio do Governo sírio, exceptuando uma zona cercada por forças militares que se encontra sob domínio de rebeldes da oposição.

Na sexta-feira, a duas dezenas de quilómetros a norte da cidade de Homs, ocorreu um ataque suicida, na cidade de Al-Bab (que fica a 30 quilómetros da fronteira com a Turquia e a 40 quilómetros da cidade de Alepo). Há semanas que rebeldes sírios apoiados por forças turcas tentavam reconquistar a cidade - na véspera do atentado, os jihadistas tinham sido expulsos daquele que era o seu último bastião na província de Alepo.

O número de mortos provocado pela explosão de uma viatura armadilhada subiu de 45 para 77, segundo dados divulgados neste sábado pelo Observatório Sírio de Direitos Humanos, que alerta que o número de mortos poderá continuar a aumentar devido aos ferimentos graves de algumas das vítimas. 

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