Os Razzies já são conhecidos e o pior filme é político

Documentário sobre Hillary Clinton empata com Batman Vs. Super-Homem nos prémios que distinguem o pior de Holywood.

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O documentário critica a candidata democrata

Como todos os anos, os prémios que assinalam aquilo que de pior se fez na indústria de cinema norte-americano foram revelados na véspera da cerimónia dos Óscares, marcada para domingo do Dolby Theatre. E “até os Razzies se estão a tornar político”, sublinha a Reuters.

O documentário Hillary’s America: A História Secreta do Partido Democrata, assinado por Dinesh D’Souza, foi escolhido online como o pior filme de 2016, ficando empatado com Batman Vs. Super-Homem: O Despertar da Justiça.

O filme do comentador e autor conservador não se ficou por um prémio – o próprio D’Souza foi reconhecido como pior actor (é ele que narra o documentário) e pior realizador, e a actriz que faz de Hillary Clinton no filme (Rebekah Turner) também venceu, batendo, entre outras, Megan Fox e Julia Roberts. Estreado em plena campanha eleitoral, o documentário é crítico da candidata democrata, derrotada em Novembro por Donald Trump.

O Prémio de Redenção (Redeemer Award), uma paródia ao Óscar que reconhece uma vida dedicada ao cinema, calhou desta vez ao veterano actor e realizador Mel Gibson, precisamente no ano em que Hollywood volta a acolhê-lo – está nomeado para Melhor Realizador com O Herói de Hacksaw Ridg.

Desde 1981 (os prémios foram fundados um ano antes, mas a primeira cerimónia só se realizou naquele ano) que a Golden Raspberry Award Foundation, responsável pela votação online dos Razzies, anuncia os infelizes contemplados na véspera da entrega de prémios aos melhores de Holywood.

Num ano em que a cerimónia dos Óscares se anuncia especialmente política, os organizadores lembram que têm um prémio para entregar a Donald Trump desde 1991. O agora Presidente dos Estados Unidos foi distinguido na altura como pior actor secundário pela participação em Ghosts Can’t Do It (de John Derek, tem Bo Derek e Anthony Quinn nos papéis principais), onde fazia de si mesmo.

“Está orgulhosamente exposto na nossa sede, em Los Angeles. À espera que Trump o levante em breve, antes que se desfaça”, disseram ao Huffington Post John Wilson e Mo Murphy. Trump nunca respondeu aos organizadores, mas eles adorariam “que colocasse o prémio na Sala Oval” – “Afinal, é o único galardão que recebeu do mundo do espectáculo”.

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