Ananás na pizza? A polémica que obrigou o Presidente da Islândia a dar explicações

Guoni Th. Jóhannesson disse a alunos que se pudesse bania o ananás das pizzas. A polémica foi tal que se viu obrigado a fazer um comunicado sobre o tema.

Foto
O Presidente da Islândia goza actualmente de 97% de taxa de aprovação Facebook

Numa altura em que o mundo centra as suas atenções para as propostas e medidas anti-imigração na Europa e nos EUA, com as fronteiras a serem fechadas e os imigrantes a deixarem de ser bem-vindos, o Presidente islandês também quis entrar na onda da abolição.

Respondendo a perguntas de alunos de um liceu islandês, na semana passada, Guoni Th. Jóhannesson revelou, primeiro, que a sua equipa de futebol preferida é o Manchester United de José Mourinho e, depois, fez a declaração polémica: opondo-se ao ananás nas pizzas, o Presidente disse que, se pudesse, bania as frutas tropicais das pizzas, relata o Guardian.

Quase de imediato as redes sociais pegaram nas declarações e os comentários foram-se multiplicando. Foi até criada no Twitter a hastag #pineappleonpizza (ananás na pizza).

Com o alastrar da discussão, Jóhannesson viu-se obrigado a publicar um comunicado no Facebook sobre “a controvérsia da pizza”, esclarecendo que até gosta de ananás, mas não nas pizzas. Apesar da opinião que possa ter, o Presidente diz que não tem poderes para impedir as pessoas de colocarem este ingrediente nas pizzas: “Eu não tenho poder para fazer leis que proíbam as pessoas de colocar ananás nas suas pizzas”, escreveu o Presidente islandês. “Estou feliz por não ter tal poder. Os Presidentes não devem ter poder ilimitado. Eu não gostaria de manter esta posição se pudesse aprovar leis a proibir o que não gosto. Não quereria viver nesse país. Para pizzas, recomendo marisco”.

Mas este comunicado, que foi partilhado em islandês e em inglês, promete abrir uma nova polémica. Isto porque uma revista da Islândia critica o Presidente não querer proibir o ananás mas por encorajar as pessoas a colocarem peixe nas pizzas.

Guoni Th. Jóhannesson caracteriza-se pelo sua abordagem informal, tomando medidas que lhe permitiram conquistar os actuais 97% de popularidade na Islândia. Entre as decisões mais populares, está o facto de ter rejeitado um aumento salarial de 20% e de ter doado 10% do seu salário antes de impostos para a caridade.

Sugerir correcção
Ler 12 comentários