Última paragem antes dos Óscares premeia Moonlight e Primeiro Contacto

Argumentistas distinguem ainda Atlanta, The Americans e John Oliver, mas não dão sinais conclusivos para os prémios da Academia.

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Amy Adams em Primeiro Contacto DR

É a última grande data da temporada de prémios antes dos Óscares de 2017 – a Writers Guild of America (WGA) distingiu neste domingo os argumentos de Moonlight (e não de La La Land ou Manchester by the sea), Primeiro Contacto (e não de Fences ou Elementos Secretos) e as séries Atlanta e The Americans.

Em vésperas do “fecho das urnas” dos prémios da Academia de Artes e Ciências Cinematográficas de Hollywood, cuja votação decorre desde dia 13 e termina dia 21 (ou seja, já esta terça-feira), a guilda dos argumentistas norte-americana entregou os seus prémios pela 69.ª vez num evento simultâneo em Los Angeles e em Nova Iorque, e a dois guiões que concorrem directamente nos Óscares. Moonlight e Primeiro contacto (Arrival) venceram nas categorias de Argumento Original e Argumento Adaptado, respectivamente, mas nos Óscares do próximo domingo estarão na mesma secção: a de Argumento Adaptado.

Sinais para os prémios máximos do cinema americano em 2017, portanto, são inconclusivos – salvo na constatação de que Barry Jenkins (também realizador de Moonlight) e Eric Heisserer são ambos fortes candidatos nessa categoria. Nos últimos 22 anos, a maioria dos vencedores da WGA vence o Óscar respectivo, mas este ano estas contas estão baralhadas.

“Não posso dizer-vos que escrever vai levar-vos de onde estão até este palco, mas vai aproximar-vos mais de quem são”, disse Jenkins ao aceitar o prémio. “Permaneçam curiosos. Façam perguntas críticas. É assim que as boas histórias acontecem e que a ciência prevalece”, incentivou por seu turno Heisserer.

La La Land A Melodia do Amor, Manchester By the Sea, Loving e Hell or High Water estavam também nomeados para melhor Argumento Original, e Deadpool, Fences, Elementos Secretos e Animais Nocturnos eram os candidatos a Argumento Adaptado. No périplo para os Óscares e a tempo de influenciar de alguma forma a votação não restam mais galardões de organizações relevantes para o elenco de votantes da Academia, e na véspera dos Óscares decorrem sim os Independent Spirit Awards, que premeiam o cinema indie de 2016.

Atlanta x2

A cerimónia reserva também um espaço para a televisão, com uma das temporadas mais elogiadas do drama The Americans (Fox Crime) a ser distinguida em detrimento de recém-chegados como Stranger Things (Netflix) e Westworld (HBO/TVSéries) e pesos-pesados como A Guerra dos Tronos (HBO/SyFy) e Better Call Saul (AMC/Netflix). O vencedor anterior fora Mad Men.

Na comédia, houve um duplo triunfo. A inovadora série de Donald Glover Atlanta (FX/Fox Comedy) ultrapassou a vencedora dos últimos anos, Veep (HBO/TVSéries), e bateu ainda Sillicon Valley e Transparent (ambas no TVSéries), além de Unbreakable Kimmy Schmidt (Netflix). Mas Atlanta não foi premiada apenas na categoria de série de comédia e também na secção dedicada a novas séries – Donald e Stephen Glover levam dois troféus para casa, deixando batidos séries dramáticas como Stranger Things, Westworld, This is Us (NBC e com estreia esta semana na FoxLife) e Better Things (FX).

Nas mini-séries ou séries de antologia (com temporadas curtas e estanques), os prémios foram, no guião original para Confirmation (HBO, sem exibição em Portugal) e no adaptado para American Crime Story: O Caso de O.J. (transmitida na Fox).

Nos talk-shows de comédia e variedades John Oliver, que acaba de regressar à RTP3, levou o prémio que poderia ter sido de Stephen Colbert, Seth Meyers ou de Trevor Noah, e nas comédia de sketches a instituição Saturday Night Live foi mais uma vez a distinguida.

Num evento apresentado por Patton Oswalt, Oliver Stone e Aaron Sorkin receberam ainda prémios de carreira quanto aos seus trabalhos no cinema e na TV, respectivamente.

A lista completa de nomeados e vencedores pode ser consultada aqui.

Notícia corrigida às 12h45: corrigida ordem de distinguidos com prémios carreira

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