Cartas ao director

“Geringonça” e eleições

Há muita gente apostada na desagregação do acordo de esquerda, vulgo “geringonça”. Dá até a sensação, repito sensação, que forças políticas que a integram têm esse propósito. Diz-se, à boca cheia, que 2017 será o ano de todos os choques para a “geringonça” e Bagão Félix considera que já há mais políticas de divergência do que convergência.

Mas não creio que o fim do acordo fosse uma boa solução para o país. Com ele, e segundo Jerónimo de Sousa, abriu-se uma janela de esperança. Fechá-la seria trair as expectativas da maioria dos portugueses – mais de 60 por cento votaram nos partidos da “geringonça”. Acresce que a queda desta implicaria, necessariamente, eleições antecipadas, o que seria trágico para o país. No actual quadro parlamentar, não há outra solução. Nem o bloco central, porque Pedro Nuno Santos já disse que o PS não vai precisar mais da direita para governar. Entre novas eleições e a “geringonça” ninguém, de boa-fé, deverá hesitar. Costa deve cumprir o mandato.

Simões Ilharco, Lisboa

 

Contra as mochilas pesadas

Em 6 de Fevereiro já eram mais de 15 mil, as assinaturas pela petição para limitar o peso nas costas das crianças. Tenho um filho de 10 anos, uma criança magra, que hoje de manhã não se esqueceu de colocar na mochila («ainda») o caderno de atividades de Português.

Terá quatro disciplinas só da parte da manhã, sendo que três o obrigam a levar  o manual mais caderno de atividades.  A quarta disciplina é Educação  Física para a qual necessita de saco individual. O meu filho fará teste a História, e ainda assim a professora pede-lhes para levar o caderno diário e livros! Os alunos não querem faltas de material e lá vão eles com tudo. E as mães resignam-se...

Os professores sabem desta realidade há anos e que os meninos não só não caminham calmamente com as suas mochilas, como, sobretudo, correm com elas às costas. Continua-se a pedir todos os livros e mais alguma coisa! Sabe-se dos riscos para a saúde desta realidade, e nada se corrige! Devia haver penalização e inspeção nas escolas neste sentido. A Organização Mundial de Saúde  alerta para que o peso das mochilas não ultrapasse os 10% do peso da criança.

Céu Mota, Santa Maria da Feira

 

Lixo

O dicionário diz: "objecto que se deita fora por não ter utilidade nem valor" A Fitch manteve o rating de Portugal no nível "lixo" e, não obstante reconhecer que os riscos económicos desceram, frisa que o país continua com sérios problemas.

É caricato, o executivo de António Costa demonstrar a sua satisfação com ea notícia, - e é espantoso o Presidente da República, brincalhão como sempre...ficar também satisfeito. Como comecei, lixo deita-se fora por não ter utilidade ou valor. Não é o caso de Portugal, e os governantes devem ter bom senso e não optimismo exagerado.

Toma Cardoso Albuquerque, Lisboa

 

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