Companhia de Dança de Matosinhos é um sonho cada vez mais real

O colectivo artístico de dança contemporânea superou em 30% o valor pedido numa campanha de crowdfunding que lhe permitirá apresentar-se a programadores.

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Diana Amaral e Sara Silva querem criar uma companhia de dança no norte do país Adriano Miranda

A Companhia de Dança de Matosinhos (CDM) está agora mais próxima de atingir o objectivo, que, em fase embrionária, delineou. A meta, das duas mentoras do projecto, Diana Amaral e Sara Silva, é criar uma companhia de dança no norte do país. Para isso, em Dezembro do ano passado, lançaram uma campanha de angariação colectiva de fundos para tornar possível a apresentação de um espectáculo a programadores, com a finalidade de se darem a conhecer. Precisavam de 2750 euros, para serem aplicados nas despesas de viagem de parte dos bailarinos e do coreógrafo, que vivem fora do país e fazem parte da versão reduzida do espectáculo que chegará aos programadores. Atingiram os 3620 euros, mais de 30% do valor pedido.

Foram 61 os “anónimos” que, sobretudo nas duas últimas semanas da campanha que terminou esta semana, contribuíram para que o valor fosse atingido. “Parte deles estrangeiros”, diz Diana Amaral ao PÚBLICO, que explica que essa participação se deve muito ao facto de existirem bailarinos na companhia que não são portugueses que “muito contribuíram” na divulgação do projecto, que também tem como missão diminuir a fuga de bailarinos portugueses para fora do país. A responsável pela CDM adianta que as viagens das três bailarinas e do coreógrafo já foram compradas, estando tudo pronto para que os ensaios tenham início. 

Superada esta fase, e com a colaboração da Câmara Municipal de Matosinhos que contribuiu com uma ajuda financeira que permitirá à companhia pagar toda a equipa, torna-se possível a apresentação de  Tripalium Redux, a versão reduzida do espectáculo de estreia coreografado por Gustavo Oliveira, a 12 e 15 de Março, no Teatro Constantino Nery, em Matosinhos, e no Teatro do Bairro em Lisboa, respectivamente. Esta versão conta apenas com 6 bailarinos. Para a versão final, esperam, as mentoras da CDM, contar com 15 bailarinos.

Nos mesmos eventos, que até ao momento já contam com a presença confirmada “de mais de duas dezenas de programadores e responsáveis pelos serviços educativos de muitos teatros e centros culturais do país”, serão ainda apresentados o espectáculo para serviço educativo, Uma Bailarina Espe(ta)cular - uma colaboração entre a CDM, Manuel Tur e Regina Guimarães, autora do texto - e o Plano de Atividades da CDM para 2017-2018.

Diana Amaral adianta que, como forma de agradecimento a todos os que contribuíram na campanha, todos os que que nela participaram serão convidados a assistir “em primeira mão” aos ensaios do espéctaculo de apresentação nas vésperas do mesmo acontecer.

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