Paal Nilssen-Love com David Maranha e Bruno Pernadas no 10º Festival Rescaldo

O festival com casa na Culturgest, em Lisboa, procura dar palco ao que de mais aventureiro se ouviu em Portugal no ano anterior. Entre 10 e 18 de Fevereiro, concertos de Pega Monstro, Marco Franco, Live Low ou Ana Deus, entre outros.

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Bruno Pernadas actuará no primeiro dia do festival Rui Soares/arquivo

Como o tempo passa. São dez edições a cumprir este ano, dez Rescaldo, o festival produzido pela Culturgest e Trem Azul que nos oferece uma viagem por aquilo que de mais relevante e aventureiro os programadores viram, ouviram e viveram musicalmente no ano anterior. Mas não só, dado que o Rescaldo se assume também como palco para novos desafios aos convocados para o seu cartaz. Daí vermos no dia de arranque, 10 de Fevereiro, o baterista Marco Franco (Memória de Peixe, Mikado’s Lab, entre muitos outros) mostrar uma nova vertente da sua criatividade, o piano solo, que resultou num álbum, Mudra, que será editado em Março – ou Bruno Pernadas, logo a seguir, a mostrar-nos algo de inédito.

Marco Franco inaugurará a série de concertos que decorrerão entre 10 e 18 de Fevereiro no Pequeno Auditório e na Garagem da Culturgest lisboeta. No primeiro dia, segue-se a ele o Bruno Pernadas Quarteto, que nos mostrará o autor de Those Who Throw Objects at the Crocodiles Will be Asked to Retrieve Them e de Worst Summer Ever, dois destaques das edições discográficas portuguesas de 2016, a partir das suas composições para navegar as águas da improvisação livre. Dia 11, o guitarrista jazz Luís Lopes terá a companhia no cartaz de Ana Deus, a inigualável voz dos Três Tristes Tigres ou, mais recentemente, dos Osso Vaidoso. O primeiro fim-de-semana do Rescaldo traz ainda uma novidade: a extensão para o cenário imponente do Panteão Nacional, onde a trompetista e compositora Susana Santos Silva actuará no domingo, 12 de Fevereiro.

A segunda parte do festival tem como destaque, por exemplo, o encontro entre o baterista norueguês Paal Nilssen-Love, actualmente radicado em Lisboa e um dos nomes de maior destaque do jazz contemporâneo, e David Maranha, músico de reconhecido relevo na música exploratória portuguesa (17 de Fevereiro). Nilssen-Love e Maranha actuam no mesmo dia em que os Live Low, autores recentes de Toada, uma fascinante revisita da tradição musical portuguesa, e a electrónica de JEJUNO, nome artístico musical da fotógrafa e artista plástica Sara Rafael.  

O último dia de Rescaldo traz um concerto das cada vez mais fulgurantes Pega Monstro, o jazz em roda livre, aberto a tanta outra música, dos Älforjs, e as paisagens sonoras de Ondness, de Bruno Silva.

O festival tem início marcado todos os dias para as 21h30 e os bilhetes custam 6 euros (a excepção é o concerto de Susana Santos Silva, às 16h e com entrada mediante pagamento do bilhete de entrada no Panteão). 

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